'Missão cumprida', diz comerciante que
protestou durante 48 horas
Homem ficou
acorrentado em Santos, SP, durante dois dias.
Objetivo era
conseguir a devolução de um apartamento.
Homem
permanece acorrentado no prédio em Santos.
Após passar
exatas 48 horas acorrentado a um prédio em Santos, o comerciante Paulo
Hollender finalmente se libertou. Após dois dias de negociação com uma moradora
do imóvel, Hollender, com a ajuda do advogado, conseguiu chegar a um acordo
para recuperar o apartamento, que está cheio de dívidas, antes que ele seja
leiloado.
Segundo o
comerciante, que chegou no local na noite de quinta-feira (24), a atual moradora,
que comprou o apartamento dele em 2011, mas não pagou várias parcelas, se
comprometeu a devolver o imóvel na próxima segunda-feira (28). "Comi pouco
nesses dias. Contei com a ajuda de muita gente. Mas minha missão está
cumprida", comemorou após ter saído do local.
Protesto inusitado
O comerciante
vendeu o apartamento para a atual proprietária há mais de três anos, mas a
mulher, que não foi encontrada pela reportagem do G1, não pagou as parcelas
combinadas e, por isso, o contrato deixou de valer. Ela também não pagou o
condomínio e, por causa desses problemas, o apartamento pode ser leiloado.
Hollender
veio de Jaguariúna, no interior paulista, cobrar a dívida do apartamento que
foi vendido em 2010. Segundo ele, o protesto foi a única maneira que encontrou
de chamar a atenção para o problema que está passando. A corrente e o cadeado
foram comprados já em Santos. Paulo afirma que não possui condições financeiras
de contratar um advogado e que ainda paga o aluguel do apartamento onde vive em
Jaguariúna. Por isso, o rapaz entrou em desespero, com medo de perder o
dinheiro que já investiu e o imóvel de Santos.
O comerciante
explica que o contrato de compra e venda do imóvel foi quebrado por falta de
pagamento e que, com isso, a moradora perdeu todos os direitos, mas ainda
assim, permaneceu no local. As prestações do apartamento, que é financiado,
estão sendo pagas por ele, mas o condomínio, que também seria obrigação da
mulher, não estão. "Eu quero pagar o condomínio, senão ele vai a leilão,
mas para isso ela tem que sair. A minha vontade era fazer Justiça com as
próprias mãos, mas se fizesse isso, perderia a razão. Eu tenho todos os
documentos que comprovam que estou certo", conclui.
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