domingo, 27 de outubro de 2013

Ao extremo...

Homem permanece acorrentado no prédio em Santos, SP (Foto: Carolina Ramires/ G1)
'Missão cumprida', diz comerciante que protestou durante 48 horas
Homem ficou acorrentado em Santos, SP, durante dois dias.
Objetivo era conseguir a devolução de um apartamento.
Homem permanece acorrentado no prédio em Santos.
Após passar exatas 48 horas acorrentado a um prédio em Santos, o comerciante Paulo Hollender finalmente se libertou. Após dois dias de negociação com uma moradora do imóvel, Hollender, com a ajuda do advogado, conseguiu chegar a um acordo para recuperar o apartamento, que está cheio de dívidas, antes que ele seja leiloado.
Segundo o comerciante, que chegou no local na noite de quinta-feira (24), a atual moradora, que comprou o apartamento dele em 2011, mas não pagou várias parcelas, se comprometeu a devolver o imóvel na próxima segunda-feira (28). "Comi pouco nesses dias. Contei com a ajuda de muita gente. Mas minha missão está cumprida", comemorou após ter saído do local.
Protesto inusitado
O comerciante vendeu o apartamento para a atual proprietária há mais de três anos, mas a mulher, que não foi encontrada pela reportagem do G1, não pagou as parcelas combinadas e, por isso, o contrato deixou de valer. Ela também não pagou o condomínio e, por causa desses problemas, o apartamento pode ser leiloado.
Hollender veio de Jaguariúna, no interior paulista, cobrar a dívida do apartamento que foi vendido em 2010. Segundo ele, o protesto foi a única maneira que encontrou de chamar a atenção para o problema que está passando. A corrente e o cadeado foram comprados já em Santos. Paulo afirma que não possui condições financeiras de contratar um advogado e que ainda paga o aluguel do apartamento onde vive em Jaguariúna. Por isso, o rapaz entrou em desespero, com medo de perder o dinheiro que já investiu e o imóvel de Santos.
O comerciante explica que o contrato de compra e venda do imóvel foi quebrado por falta de pagamento e que, com isso, a moradora perdeu todos os direitos, mas ainda assim, permaneceu no local. As prestações do apartamento, que é financiado, estão sendo pagas por ele, mas o condomínio, que também seria obrigação da mulher, não estão. "Eu quero pagar o condomínio, senão ele vai a leilão, mas para isso ela tem que sair. A minha vontade era fazer Justiça com as próprias mãos, mas se fizesse isso, perderia a razão. Eu tenho todos os documentos que comprovam que estou certo", conclui.

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