Faço sexo com outros para
satisfazer meu marido
Nossa leitora conta as
loucuras sexuais que já fez a pedido do seu amor. Ele sente muito prazer ao
vê-la com outro
Atualizado em 25/06/2012Remportagem: Valentina Kazan - Edição:
MdeMulherConteúdo NOVA
Faço sexo com outros para excitar meu marido.
O marido da nossa leitora se excita ao vê-la transando com outro.
Felipe, meu marido, garantia que, no lugar de acanhada, eu
ficaria excitada. Nunca tinha ouvido falar em wife sharing, mas a expressão
surgiu durante uma noite de queijos e vinhos com. É uma nova denominação para
uma velha fantasia: enquanto a mulher transa com outro, o fiel esposo assiste a
tudo no mesmo quarto. Bizarro? Pois foi o que pensei quando o Fê me perguntou
se eu aceitaria ser "emprestada". Como assim? Estávamos juntos havia
quatro anos - dois deles sob o mesmo teto - e nunca esperei ouvir uma proposta
dessas.
A gente se conheceu ainda na adolescência. Aos 18 anos, Felipe
era o melhor partido da cidade: lindo, esportista, herdeiro de uma fortuna... e
o maior galinha da paróquia! Eu só tinha 14 anos e, confesso, fiquei
impressionada com seu interesse por mim. Mas também era bastante esperta para
saber que seria apenas mais uma figurinha na coleção do rapaz. Dispensei a
cantada e pouco depois perdemos o contato. Só nos reencontramos por acaso em um
bar, nos meus 28 anos. Eu, uma mulher
madura e ele, um homem de sucesso! E ele me reconheceu. Nossa conversa durou
apenas dois minutos, o suficiente para eu não tirá-lo da cabeça. Aí grudamos e
não nos largamos mais.
Com o Felipe, minha vida ficou completa. Desde a primeira vez o
sexo foi incrível e só melhorou com o passar dos anos. Eu não conseguia mais
olhar para o lado. Não faltava nada em nossa vida - pelo menos era o que eu
achava até aquele jantar. Depois de esvaziarmos duas garrafas de vinho, ele me
fez a tal proposta. Pedi, então, que me explicasse. "É aquela fantasia do
marido de ver a mulher fazendo sexo com outro homem", respondeu ele.
"Fico louco de tesão só de imaginar você transando com um estranho na
minha frente", completou. Como estávamos um tanto quanto embriagados, o
susto virou piada. "Você está louco?!", perguntei. Felipe explicou
que ninguém o excitava como eu, mas que, de tanto ver como impressiono os
homens na rua, começou a pensar a respeito. Minha reação imediata foi dizer um
não. Primeiro: não queria transar com mais ninguém. Segundo: mesmo se desejasse,
não faria isso com meu casamento, que era bom demais para pôr em risco.
Terceiro: eu não sabia se conseguiria transar com meu marido olhando.
"Escolheremos o homem certo, bom de cama e discreto",
dizia para me convencer. "Você faz com ele tudo o que tiver vontade.
Depois vamos para casa e nunca mais vemos o cara", disse. "E
você?", perguntei. "Quero saber como minha mulherzinha transa com
outros homens, ver o prazer que dá e sente", repetia, como se fosse a
coisa mais natural do mundo. Transamos aquela noite com ele aos sussurros no
meu ouvido, descrevendo o que os outros amantes fariam comigo e como eu me
comportaria. Nos dias que se seguiram, voltamos à rotina. Meu marido,
espertinho, sabe que o melhor jeito de me convencer é não insistir. Apesar
disso, comecei a olhar para outros homens e imaginá-los na cama, ao mesmo tempo
que me apavorava só de imaginar como morreria de culpa no dia seguinte. Uma
semana depois, ele trouxe o assunto à tona e perguntou se eu pensara nele.
Minha resposta era não. Então, chegamos a um acordo: a ideia poderia surgir nas
nossas conversas na cama, mas não sairia de lá.
Assim foi, até que o Fê mandou um e-mail, no meio do trabalho,
com o link de um site especializado em wife sharing. Havia milhares de pessoas
cadastradas: homens oferecendo a esposa, mulheres procurando homens para
satisfazê-las diante do marido. Pode parecer estranho, mas ver aquilo me
aliviou - não éramos o único casal no mundo a falar sobre essa loucura. O
Felipe então propôs levar um pouco mais longe o nosso acordo: e se nos inscrevêssemos
só para ver o que aconteceria? Assim, poderíamos também participar dos chats e
seria excitante. Resisti um pouco, mas a verdade é que estava doida de
curiosidade. Naquela noite mesmo entramos na internet e preenchemos a ficha,
com direito a fotos minhas sem roupa (o rosto, lógico, não apareceu). Foram
poucos minutos até sermos inundados por convites de outros internautas, todos
interessados em transar comigo. Eles queriam saber quais eram as minhas
posições preferidas e prometiam realizar cada um dos meus desejos.
Por dois meses entramos no site noite sim, noite não. Ser
desejada por tantos amantes tinha mesmo um poder afrodisíaco. Não era tudo
perfeito, claro: a maioria dos caras está ali apenas para se excitar. Só falam
palavrões, são grosseiros, querem ir direto ao ponto, cometem erros de
português desanimadores, mandam fotos pavorosas. Em oito semanas, fiz sexo
virtual com uns 50 homens, sempre com o Fê do lado, se deliciando com a minha
safadeza, dando sugestões para eu deixar os sujeitos loucos de vontade de me
devorar. Desligávamos o computador com tanto tesão que a fantasia evoluiu.
Formulamos as regras: encontraríamos os "eleitos" em outra cidade, em
lugares públicos. Conversaríamos antes e, só depois de aprovarmos a pessoa,
seguiríamos juntos para o motel. A qualquer momento, eu poderia mudar de ideia.
E nunca mais, em hipótese alguma, voltaríamos a ver o homem em questão.
Marcamos o primeiro encontro em um bar de São Paulo, a centenas
de quilômetros da nossa casa. Tarso, como ele se apresentava, chegou com alguns
minutos de atraso. Piloto de helicóptero, divorciado, 37 anos, moreno, sarado,
alto, cabelo raspado, olhos verdes, queixo quadrado, cara de homem com H
maiúsculo. Admito que os primeiros minutos de conversa são esquisitos - todo
mundo sabe o que foi fazer ali, mas finge que não tem ideia. Tomei a iniciativa
de perguntar como ele entrou na onda. Tarso contou que sempre teve verdadeira
tara por mulheres casadas e já praticava wife sharing havia anos. Conhecia
muito bem as regras e aceitaria as nossas. Conversamos sobre assuntos banais,
mas era difícil disfarçar a excitação. Sacando o clima, ele pediu licença,
momento em que eu e Felipe dissemos sim um para o outro. Na volta, Tarso sentou
do meu lado e me beijou. Enfiou a mão por baixo do vestido e levou a minha até
sua braguilha. Abri os olhos algumas vezes e vi o Fê excitadíssimo, tentando
acompanhar o que acontecia sob a mesa. Desencanei de vez e deixei rolar. Por
pouco não transamos ali mesmo.
Quando ficou indisfarçável, fomos para o motel. O Felipe na
frente, dirigindo; eu atrás, com Tarso. Ele tirou meu vestido, beijou meus
seios, abriu a calça. Enquanto isso, o Fê observava pelo retrovisor. Na suíte,
fomos direto para a cama. Nem precisamos de preliminares. Transamos por uma
hora antes de desmaiarmos de tanto chegar ao clímax. Meu marido? Sentado na
cadeira ao lado, assistiu a tudo e fez sexo solo. Enquanto transávamos, Tarso
fazia comentários para ele. "Nossa, como a sua mulher é gostosa..."
Olhei muitas vezes para o Fê, em busca de aprovação - e também para provocá-lo.
Ele devolvia o olhar cheio de paixão. Só quem experimenta consegue entender
esse tipo de sintonia. Tarso e eu transamos outras três vezes aquela noite.
Longas sessões de sexo oral, praticamente metade das posições do Kama Sutra e
até o mais íntimo dos sexos, o anal. Sempre de camisinha, claro. Perdi a conta
de quantas vezes fui aos céus, a ponto de gritar.
O Felipe só assistiu e, em alguns momentos, manteve o rosto a
alguns centímetros de nós, como se fosse um cientista estudando pela primeira
vez aquele encaixe fabuloso. Parecia nem piscar. Saímos de lá direto para o
nosso hotel. Meu amante, não tenho uma palavra melhor para chamá-lo, ficou no
caminho, sem despedidas nem promessas de reencontro. Nas 24 horas seguintes,
Felipe e eu transamos sem parar. Nunca o vi tão excitado. Foi diferente de
todas as nossas transas. Ele tentava se superar e ser ainda melhor que o homem
que me teve horas antes. Conseguiu. Havia amor, paixão, desejo e intimidade em
doses sobrenaturais. Terminamos com muitos "Eu te amo". Nos meses
seguintes, nem sequer entramos no site. Não precisávamos - aquela noite foi
inesquecível e serviu de combustível por muito tempo. Até que o Fê sugeriu nova
investida. Escolhemos outro dos nossos preferidos e marcamos a data. Dessa vez,
porém, não rolou: o cara não me atraiu e saímos do bar sozinhos. Um mês depois,
encontramos o terceiro da lista: Gustavo, quarentão, com o maior equipamento
que já vi na vida. Passamos uma noite ainda mais intensa. Ele não se cansava
nunca e gastamos metade do estoque de camisinhas do motel.
Faz dois anos que começamos esse jogo. Já transei com oito
amantes na frente do Felipe. Dei sorte de escolher bem: todos ótimos na cama,
realizaram meus desejos, me encheram de elogios. Nunca reencontramos nenhum
deles. Poderíamos parar agora, e tenho certeza de que nossa vida sexual
continuaria maravilhosa. Pode parecer estranho, mas o Fê permanece
ciumentíssimo em outras ocasiões. Por exemplo, ele odeia todos os meus
ex-namorados. Não sei exatamente qual é o efeito psicológico de realizar essa
fantasia. Entre nós, funciona assim: a me ver desejada por outros, o Felipe se
sente mais viril por ser o verdadeiro "dono". E, diante dos meus
gemidos com a concorrência, capricha para não perder o posto de número 1. Além
disso, a aprovação desses homens faz com que ele se reapaixone por mim - como
se revisitasse as minhas qualidades através do olhar alheio. Apesar de tudo
isso, por mais prazer que eu sinta com outros, eles só me ajudam a enxergar
quanto meu marido é incrível.
*Os nomes foram trocados para preserva a identidade da
entrevistada.
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