As sete maravilhas do mundo antigo
As sete maravilhas do mundo antigo são uma famosa lista de
majestosas obras artísticas e arquitetônicas erguidas durante a Antiguidade
Clássica feita por Antípatro de Sídon. Das sete maravilhas, a única que resiste
até hoje quase intactas são as Pirâmides de Gizé, construídas há cinco mil
anos.
Origem da lista
A origem da lista é duvidosa, normalmente atribuída ao poeta e
escritor grego Antípatro de Sídon, que escreveu sobre as estruturas em um
poema. Outro documento que contém tal lista é o livro De septem orbis
miraculis, do engenheiro grego Philon de Bizâncio. A lista também é conhecida
como Ta hepta Thaemata ("as sete coisas dignas de serem vistas").
Os gregos foram os primeiros povos a relacionar as sete
maravilhas do mundo entre os anos 150 e 120 a.C.. Extraordinários monumentos e
esculturas erguidos pela mão do homem, construídos na antigüidade fascinam por
sua majestade, riqueza de detalhes e magnitude até hoje. Podemos imaginar o
aspecto que outros monumentos e esculturas tinham a partir de descrições e
reproduções estilizadas em moedas.
As Pirâmides de Gizé
As grandes pirâmides de Gizé, única antiga maravilha do mundo
ainda existente
As grandes pirâmides de Gizé, no Egito, única antiga maravilha
do mundo ainda existente.
As três pirâmides de Gizé (ou Guiza, nome mais próximo do original - Gizé é um
galicismo) ocupam a primeira posição na lista das sete maravilhas do mundo
antigo.
Keóps, Quéfren e Miquerinos, foram construídas como tumbas reais
para os reis Khufu (Keóps), Quéfren, e Menkaure (pai, filho e neto), que dão
nome às pirâmides. A primeira delas, Queóps, foi construída há mais de 4.500
anos, por volta do ano 2550 a.C., chamada de Grande Pirâmide, a majestosa
construção de 147 metros de altura foi a maior construção feita pelo homem
durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX
(precisamente em 1889), com a construção da Torre Eiffel.
A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relação às outras
maravilhas do mundo é que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às
intempéries da natureza, encontrando-se em relativo bom estado e, por este
motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que
podem ser vistas.
O curioso é que as pirâmides de Gizé já eram as mais antigas dentre
todas as maravilhas do mundo antigo pois, na época já fazia mais de dois mil
anos que haviam sido construídas e são justamente as únicas que se mantém até
hoje.
Aproximadamente dois milhões de blocos de pedras foram
utilizados para a construção das pirâmides.
120 metros em mármore
O Farol de Alexandria
O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu no ano
280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido. Era uma torre de
mármore situada na ilha de Faros (por isso, "farol"), próxima ao
porto de Alexandria, Egito.
Com três estágios superpostos - o primeiro, quadrado; o segundo,
octogonal; e o terceiro, cilíndrico -, dispunha de mecanismos que assinalavam a
passagem do Sol, a direção dos ventos e as horas. Por uma rampa em espiral
chegava-se ao topo, onde à noite ardia uma chama que, através de espelhos,
iluminava até 50 km de distância para guiar os navegantes.
Diz à lenda que Sóstrato procurou um material resistente à água
do mar e por isso a torre teria sido construída sobre gigantescos blocos de
vidro. Mas não há nenhum indício disso.
À exceção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou entre
as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas
ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores, o que depois foi confirmado
por imagens de satélite.
Os Jardins Suspensos da Babilônia
Seis montanhas artificiais
A terceira maravilha são os Jardins Suspensos da Babilônia,
construídos por volta de 600 a.C., às margens do rio Eufrates, na Mesopotâmia -
no atual sul do Iraque. De todas as maravilhas os Jardins Suspensos da
Babilônia são os menos conhecidos já que até hoje encontram-se poucos relatos e
nenhum sítio arqueológico foi encontrado com qualquer vestígio do monumento. O
único que pode ser considerado "suspeito" é um poço fora dos padrões
que imagina-se ter sido usado para bombear água.
Os jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas
de tijolos de barro cozido, com terraços superpostos onde foram plantadas
árvores e flores. Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura
variava de 25 a 100 metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada
de mármore; entre as folhagens havia mesas e fontes. Os jardins ficavam
próximos ao palácio do rei Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em
homenagem à mulher, Amitis, saudosa das montanhas do lugar onde nascera.
O Templo de Artêmis
200 anos de construção
A quarta maravilha do mundo antigo é o templo de Artêmis (Diana,
para os romanos) em Éfeso, construído para a deusa grega da caça e protetora
dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo. Localizado em Éfeso,
atual Turquia, o templo foi construído em 550 a.C. pelo arquiteto cretense
Quersifrão e por seu filho, Metagenes. O templo tinha 90 metros de altura, como
a estátua da Liberdade, em Nova York - e 45 de largura, o templo era decorado
com magníficas obras de arte e Ártemis
foi esculpida em ébano, ouro, prata e pedra preta.
Após concluído, o templo virou atração turística com visitantes
de diversos lugares entregando oferendas, e foi destruído em 356 a.C. por
Eróstrato, que acreditava que destruindo o templo de Ártemis teria seu nome
espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os habitantes da cidade não
revelaram seu nome, só conhecido graças ao historiador Strabo. Alexandre (Link
para Alexandre) ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser reconstruído
só em 323 a.C., ano da morte do macedônio. Mesmo assim, em 262 d.C., ele foi
novamente destruído, desta vez por um ataque dos godos. Com a conversão dos
cidadãos da região e do mundo ao cristianismo, o templo foi perdendo
importância e veio abaixo em 401 d.C; e hoje existe apenas um pilar da
construção original em suas ruínas.
Ruínas do templo de Artemis em Éfeso, Turquia
A Estátua de Zeus
Marfim, ébano e pedrarias
A quinta maravilha é estátua de Zeus em Olímpia. Foi construída
no século V a.C. pelo ateniense Fídias,
em homenagem ao rei dos deuses gregos — Zeus. Supõe-se que a construção da
estátua tenha levado cerca de oito anos. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o
senhor do Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de
altura - o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e
ébano. Seus olhos eram pedras preciosas.
Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a
estatueta de Nike, deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se
debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o
Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando Zeus
franzia a fronte o Olimpo todo tremia.
Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul),
onde acredita-se ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto.
Mausoléu de Halicarnasso
Pirâmide de 24 degraus
O mausoléu de Halicarnasso foi o suntuoso túmulo que a rainha
Artemísia II de Cária mandou construir sobre os restos mortais de seu irmão e
marido, o rei Mausolo, em 353 a.C.. Foi construído por dois arquitetos gregos —
Sátiro e Pítis — e por quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés e
Timóteo. Sendo esta a sexta maravilha do mundo antigo.
Halicarnasso era a capital da Cária - região que englobava
cidades gregas ao longo do mar Egeu e das montanhas do interior e hoje faz
parte da Turquia.
O romano Plínio descreveu o mausoléu como um suntuoso monumento
sustentado por 36 colunas. Com quase 50 metros de altura, ocupava uma área
superior a 1200 metros quadrados. Acima da base quadrada, erguia-se uma
pirâmide de 24 degraus que tinha no topo uma carruagem de mármore puxada por
quatro cavalos.
Dentro ficavam as estátuas de Artemísia e Mausolo, além de trabalhos
de Escopas, considerado um dos maiores escultores da Grécia do século IV.
Algumas dessas esculturas, como uma estátua de 4,5 metros, provavelmente de
Mausolo, encontram-se no Museu Britânico. O túmulo foi destruído, provavelmente
por um terremoto, em algum momento entre os séculos XI e XV. As pedras que
sobraram da destruição acabaram sendo aproveitadas na construção de edifícios
locais.
Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no Museu
Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada
de Mausolo.
O Colosso de Rodes
Um pé em cada margem
O Colosso de Rodes, sétima maravilha do mundo antigo, era uma gigantesca estátua do deus grego
Hélios colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada
em 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos, tendo 30 metros de altura e setenta
toneladas de bronze, de modo que qualquer barco que adentrasse a ilha passaria
entre suas pernas, que possuía um pé em cada margem do canal que levava ao
porto. Na sua mão direita havia um farol que guiava as embarcações à noite. Era
uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar
o seu polegar. Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias
que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram
armas abandonadas pelos macedônios no lugar. Apesar de imponente, ficou em pé
durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da
baía. Ptolomeu III se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha
recusaram por achar que haviam ofendido Hélios. E no fundo do mar ainda era tão
impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi esquecida
até a chegada dos árabes, que a venderam como sucata.
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