Leia um
trecho bem picante do livro "Estranho Irresistível", de Christina
Lauren
Depois de
"Cretino Irresistível", chegou a hora de você se deliciar com o
segundo volume da série.
Atualizado em
25/10/2013 Conteúdo NOVA
- O que
exatamente você está oferecendo?
Olhei aqueles
estranhos olhos iluminados que se mostravam interessados em tudo ao seu redor.
Ele parecia normal, muito são para alguém que me seguiu através de uma boate e
disse tão espontaneamente que queria me tocar. Lembrei de Andy e o quanto ele
raramente - exceto para manter as aparências - queria meu toque, minha
conversa, meu qualquer coisa. Seria assim com ele? Uma mulher o puxaria de
lado, se ofereceria, e ele tomaria o que precisasse antes de voltar para casa?
Enquanto isso, minha vida tinha se tornado tão pequena que eu mal podia lembrar
como preenchia as longas noites solitárias. Será que eu estava sendo gananciosa
demais por querer tudo? Uma carreira incrível e um momento louco aqui e ali?
- Você não é
um psicopata, é?
Rindo, ele
beijou meu rosto.
- Você está
sim me deixando meio maluco, mas não, não sou um psicopata.
- Eu só... -
comecei a falar, e então olhei para baixo. Pressionei minha mão aberta em seu
peito largo. Sua blusa cinza era incrivelmente macia. Caxemira, pensei. O jeans
era escuro e o envolvia perfeitamente. Os sapatos pretos não tinham um
arranhão. Tudo nele era meticuloso.
- Acabei de
me mudar para cá - parecia uma boa explicação para a tremedeira em minha mão.
- E um
momento como este não parece muito seguro, não é mesmo?
Balancei a
cabeça.
- Não mesmo.
Mas, então,
estiquei o braço, agarrei seu pescoço e o puxei para mim. Ele acompanhou o
movimento e sorriu, antes de nossos lábios se encontrarem. O beijo foi a
combinação perfeita entre suavidade e firmeza, com o uísque esquentando seus
lábios contra os meus. Ele gemeu um pouco quando abri a boca e o deixei entrar,
e a vibração ateou fogo em mim. Eu queria sentir todos os seus sons.
- Você tem um
sabor tão doce. Qual é o seu nome? - ele perguntou.
Com isso,
senti a primeira onda real de pânico.
- Nada de
nomes.
Ele se
afastou um pouco e me encarou, com as sobrancelhas erguidas.
- Então como
devo te chamar?
- Do mesmo
jeito que você vem fazendo até agora.
- Flor?
Confirmei com
a cabeça.
- E como você
vai me chamar quando estiver gozando? - ele deu outro pequeno beijo.
Meu coração
bateu mais forte com aquele pensamento.
- Acho que
isso não importa, não é mesmo?
Erguendo os
ombros, ele aceitou:
- Acho que
não.
Tomei sua mão
e a coloquei na minha cintura.
- A única
pessoa que me deu um orgasmo no último ano fui eu mesma - movi seus dedos até a
barra do meu vestido e sussurrei: - Você acha que consegue mudar isso?
Pude sentir
seu sorriso contra minha boca quando ele me beijou novamente.
- Você está
falando sério?
A ideia de me
oferecer para esse homem num canto escuro de uma boate era um pouco
assustadora, mas não o bastante para me fazer mudar de ideia.
- Estou
falando sério.
- Você é um
problema.
- Juro que
não sou.
Ele se
afastou o suficiente para examinar meu rosto. Seus olhos se moveram até que seu
olhar voltou a mostrar aquele sorriso.
- Essa coisa
de você nem ter ideia do quanto é...
Ele me virou
e pressionou meu corpo contra o muro de vidro para que eu olhasse a massa de
corpos se contorcendo lá embaixo. As luzes pulsavam, penduradas bem na minha
frente em barras de ferro que se estendiam pela boate, iluminando o andar de
baixo, enquanto nosso canto se mantinha praticamente no escuro. Começou a subir
um vapor das aberturas na pista de dança, cobrindo até os ombros as pessoas que
dançavam; ondas se formavam na superfície seguindo o movimento das pessoas.
Os dedos do
meu estranho tocaram na barra do meu vestido por trás, e então ele subiu o
tecido, deslizando a mão pela minha calcinha, passando pela bunda e entre
minhas pernas, onde eu definitivamente desejava seu toque. Aquela posição
vulnerável não me envergonhou: eu me arqueava para trás em sua mão, já
completamente perdida.
- Você está
muito molhada, flor. O que você gosta? A ideia de que estamos fazendo isso
aqui? Ou eu ter te observado enquanto você pensava em transar comigo no meio da
pista de dança?
Eu não disse
nada, pois fiquei com medo do que poderia ser a resposta, e perdi o fôlego
quando ele deslizou um longo dedo dentro de mim. Pensamentos sobre o que eu
deveria fazer evaporaram enquanto eu pensava sobre a velha e chata Sara em
Chicago. A previsível Sara que sempre fazia aquilo que todos esperavam dela. Eu
não queria mais ser essa pessoa. Eu queria ser irresponsável, selvagem, jovem.
Eu queria viver para mim mesma pela primeira vez na minha vida.
- Você é
pequenina, mas, quando está molhada assim, tenho certeza que consegue aguentar
três dedos facilmente.
Ele riu num
beijo que pressionou por trás do meu pescoço quando uma ponta do dedo circulou
meu clitóris, provocando lentamente.
- Por favor -
sussurrei. Não sei se ele podia me escutar. Seu rosto estava apertado contra
meus cabelos e eu podia sentir seu pau pressionando a lateral da minha cintura,
mas, fora isso, eu estava alheia a qualquer outra coisa, pois seu longo dedo
deslizava novamente dentro de mim.
- Sua pele é
incrível. Principalmente aqui - ele beijou meu ombro.
- Você sabia
que a parte de trás do seu pescoço é perfeita?
Eu me virei e
sorri para ele. Seus olhos estavam arregalados e claros, e, quando encontraram
os meus, voltaram a se curvar num sorriso. Nunca olhei alguém nos olhos tão de
perto ao ser tocada daquela maneira, e algo sobre aquele homem, aquela noite e
aquela cidade fez com que eu imediatamente tivesse certeza de que era a melhor
decisão que eu já havia tomado. Querida Nova York, você é brilhante. Com amor,
Sara.
P.S.:
Definitivamente não é o álcool falando.
- Eu não
tenho muitas oportunidades para olhar o meu pescoço por trás.
- É realmente
uma pena - ele retirou a mão e eu senti um frio onde seus dedos quentes
estavam. Colocou a mão no bolso e tirou um pequeno pacote. Uma camisinha. Ele
tinha uma camisinha no bolso. Eu nunca teria pensado em levar uma camisinha
para uma boate qualquer.
Virando-me
para encará-lo, ele nos fez girar e me pressionou contra a parede, beijando
primeiro com suavidade, depois com um jeito furioso e faminto. Quando pensei
que iria perder o fôlego, ele começou a explorar, chupando meu queixo, minha
orelha, meu pescoço, encontrando o ponto onde minha pulsação batia
freneticamente.
Meu vestido
tinha voltado a cobrir minhas coxas, mas seus dedos brincavam com a barra,
levantando-a lentamente.
- Alguém pode
aparecer aqui - ele me lembrou, dando uma última oportunidade para eu parar
aquilo, apesar de já estar abaixando minha calcinha o suficiente para que eu
pudesse tirá-la completamente.
Mas eu não me
importava. Nem um pouco. E talvez até uma pequena parte de mim queria que
alguém aparecesse, para que pudesse ver esse homem perfeito me tocando daquele
jeito. Eu mal podia pensar em qualquer outra coisa além do lugar onde ele
estava tocando, o jeito como minha saia estava agora levantada até a cintura, a
maneira como ele pressionava tão forte e insistentemente em minha barriga.
- Eu não
ligo.
- Você está
bêbada.
- Bêbada
demais para isso?
- Quero que
lembre que eu comi você.
- Então faça
isso de um jeito inesquecível.
Levantou
minha perna, deixando-me exposta ao frio do ar-condicionado que soprava acima
de nós. Prendeu meu joelho ao redor de sua cintura, e agradeci por estar usando
salto alto. Coloquei meu braço entre nós e desabotoei sua calça, puxando a
cueca para baixo apenas o bastante para deixá-lo livre. Envolvi sua ereção com
a mão e a esfreguei por toda a minha pele molhada.
- Droga,
flor. Deixe eu colocar isso.
Suas calças
estavam abertas, mas tinham caído apenas um pouco abaixo da cintura. Se alguém
nos visse por trás, poderia até pensar que estávamos dançando, talvez apenas
nos beijando. Mas ele pulsava em minha mão, e a realidade da situação me deixou
louca. Ele iria me tomar ali mesmo, pairando sobre a pista de dança lá embaixo.
Naquela multidão, havia pessoas que me conheciam como a Sara Boazinha, a Sara
Responsável, a Sara do Andy. Nova casa, novo emprego, nova vida. Nova Sara.
Meu estranho
era pesado e muito comprido em minha mão. Eu o desejava, mas também fiquei um
pouco assustada com todo aquele tamanho. Não sei se já tinha encarado um homem
tão duro.
- Você é grande
- eu disse sem pensar.
Ele sorriu,
como um lobo realmente pronto para me devorar, e rapidamente rasgou o pacote da
camisinha com os dentes.
- Isso é a
melhor coisa que você pode dizer para um homem. Você poderia até dizer que não
sabe se vai caber tudo. Passei a ponta na minha entrada e tremi por causa
disso. Ele era tão quente: pele macia envolvendo uma rocha.
- Droga. Vou
gozar na sua mão inteira se você não parar com isso - ele tremeu um pouco com a
urgência enquanto afastava minha mão para vestir a camisinha.
- Você sempre
faz isso? - perguntei.
Parado na
minha frente, pronto para a ação, com o sorriso mirando meu rosto, ele disse:
- Isso o quê?
Sexo com uma mulher linda que não quer me dizer seu nome e prefere transar num
corredor público ao invés de num lugar apropriado como uma cama ou uma
limusine? - ele começou a entrar, demoradamente. A luz acendeu em seus olhos e,
meu Deus, eu não achava que sexo com um estranho pudesse ser tão íntimo assim.
Ele observou
cada reação em meu rosto. - Não, flor. Tenho que admitir que nunca fiz isso.
Sua voz estava normal, mas então suas palavras começaram a falhar, pois já
estava profundamente dentro de mim, ali no meio daquela boate caótica, com
luzes e música pulsantes ao nosso redor, com pessoas passando a apenas alguns
metros sem saber de nada. E, mesmo assim, todo o meu mundo estava reduzido ao
lugar onde ele me penetrava, onde esfregava com firmeza no meu clitóris em cada
estocada, onde a pele quente de sua cintura pressionava as minhas coxas.
Não houve
mais nenhuma conversa, apenas estocadas que foram aumentando em velocidade e
intensidade. O espaço entre nós se preencheu com sons abafados de desejo e
súplica. Seus dentes morderam meu pescoço e eu agarrei seus ombros com medo de
cair no vão ou em outro lugar que não fosse a pista de dança, mas um mundo onde
adorava estar exposta, com meu prazer visível para quem estivesse observando -
principalmente se fosse aquele homem.
- Deus, você
é linda ele se
inclinou para trás, olhou para baixo e acelerou um pouco. - Não consigo parar
de olhar sua pele perfeita e, droga, o ponto onde estou entrando em você...
A luz estava
claramente jogando no time dele, pois, da minha perspectiva, ele estava
iluminado por trás e eu podia enxergar apenas a silhueta do meu estranho. Não
distingui nada além de sombras quando olhei para baixo e visualizei apenas a
sugestão do movimento: ele dentro de mim, entrando e saindo. Escorregadio e
duro, pressionando fundo em cada passada. E, como se tivesse ouvido meus
pensamentos, a luz diminuiu para um tom quase negro acompanhando o som de uma
batida lenta e oscilante que preencheu a boate.
- Eu filmei
você dançando - ele sussurrou.
Demorou
alguns instantes para que suas palavras fossem registradas no meu cérebro.
- O... o quê?
- Eu não sei
por quê. Não vou mostrar para ninguém. É só que... - ele encarou meu rosto,
diminuindo a velocidade um pouco, provavelmente para me deixar pensar. - Você
estava tão possuída. Eu queria me lembrar. Caramba, sinto como se estivesse
confessando meus pecados.
Engoli em
seco, ele voltou a se aproximar e me beijou. Eu perguntei:
- Você acha
estranho eu ter gostado de você ter feito isso?
Ele riu em
minha boca, entrando e saindo novamente com estocadas lentas e deliberadas.
- Apenas
aproveite, certo? Eu gosto de observar você. E você estava dançando para mim.
Não há nada de errado nisso.
Ele levantou
minha outra perna, passando as duas ao redor de sua cintura, e, então, por
vários perfeitos segundos na escuridão, começou a mexer de verdade. Rápido e
urgente, ele deixou escapar os mais deliciosos gemidos, e não haveria dúvida
sobre o que estávamos fazendo se alguém aparecesse em nosso pequeno canto no
corredor.
Só de pensar
nisso sobre onde
estávamos, o que fazíamos e a possibilidade de alguém ver aquele homem me
possuindo com tanta força
eu acabei me perdendo. Minha cabeça rolou para trás contra a parede, e eu podia
sentir crescendo no meu ventre, tão profunda e pesadamente, uma angústia se
acumulando, descendo por minhas costas e explodindo em meu sexo com tanta força
que eu tive que gritar, sem me importar se alguém poderia ouvir. E eu nem
precisava ver seu rosto para saber que ele estava me observando enquanto eu
gozava sem parar.
- Oh, droga -
seus quadris perderam o ritmo e então ele soltou um gemido grave, com os dedos
enterrados na minha cintura.
Ele vai
deixar marcas, pensei. Espero que deixe. Eu queria uma lembrança desta noite, e
desta Sara, para melhor diferenciar a nova vida que eu estava tão determinada a
construir. Ele parou, apoiando-se em mim, com os lábios encostando gentilmente
em meu pescoço.
- Minha
pequena estranha, você acabou comigo.
Senti ele
pulsar dentro de mim - eram tremores secundários de seu orgasmo - e eu quis que
ele continuasse enterrado daquele jeito para sempre. Imaginei como seria nossa
imagem para o resto da boate: um homem apertando uma mulher contra a parede,
com um pedaço das pernas dela visível ao redor da cintura dele no meio da
escuridão.
Sua grande
mão acariciou minha perna do calcanhar até a cintura, e, então, com um pequeno
gemido, ele se retirou, colocou meus pés no chão, deu um passo para trás e
tirou a camisinha. Meu Deus, eu nunca nem cheguei perto de fazer algo tão
insano assim antes. Um sorriso tomou meu rosto por inteiro enquanto minhas pernas
tremiam quase ao ponto de desabarem.
Não perca a
cabeça, Sara. Não perca a cabeça. Foi perfeito. Tudo aquilo tinha sido
perfeito, mas teria que terminar ali. Faça tudo diferente de antes. Nada de
nomes, nada de compromissos. Nada de arrependimentos.
Ajeitando meu
vestido, fiquei na ponta dos pés para beijar seus lábios.
- Isso foi
inacreditável.
Ele
concordou, gemendo um pouco no meio do beijo.
- Foi sim.
Será que podemos...?
- Eu vou
descer comecei a me
afastar e dei um tchauzinho.
Ele me encarou,
confuso.
- Você
está...?
- Bem. Estou
bem. Você está bem?
Ele assentiu,
parecendo perplexo.
- Então...
Obrigada.
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