O conceito de Filosofia
Phi - Letra
utilizada como logo para representar a filosofia
A palavra
Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: Filos, que
significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como sabedoria ou
conhecimento. É a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) que se atribui a
invenção da palavra. Este, quando solicitado por um rei a demonstrar seu saber,
disse-lhe que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amigo da sabedoria.
Ainda na
Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido da Filosofia, Platão (428
a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é carência, desejo de algo que não
se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também recursos para buscar o que se
precisa, e o filósofo não é aquele que possui o saber, mas sim quem busca
conhecer continuamente.
Já no período
Medieval, a Filosofia tornou-se investigação racional posta a serviço da fé.
Isso porque com o advento do cristianismo e sua adoção pelo Império Romano, bem
como com o surgimento da Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber em
que a razão discursiva justificaria a compreensão dos textos sagrados.
No período
Clássico (Renascença e Modernidade), a Filosofia se confundiu com o estudo da
sabedoria entendida como um perfeito conhecimento de tudo o que o homem pode
saber para conduzir sua vida (moral), para conservar sua saúde (medicina) e
criar todas as artes (mecânica). Hoje, no período que chamamos de contemporâneo
ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais estão:
- Uma
correspondência do ser na linguagem;
- Análise
crítica dos métodos utilizados nas ciências;
- Instrumento
de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização
do homem inserido no mundo do trabalho.
Vista dessa
maneira, a Filosofia não pode ser confundida nem com o mito, nem com a ciência.
Isso porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, clareza, rigor,
objetividade (como a ciência) percebe-se que os discursos em busca do
conhecimento do todo são construídos na história segundo modelos de
racionalidade que vão sendo revisados e substituídos com o tempo (o que a
aproxima do mito). Ela permanece numa busca constante da sabedoria.
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