Civilização Chinesa
Historiadores
baseados em documentos antigos afirmam que a civilização chinesa possui mais de
quatro mil anos de idade, estes registros atestam a condição de uma das mais
antigas e importantes civilizações de todo o mundo. Os registros mais remotos
do povo chinês comprovam a sua formação múltipla marcada pela influência de
vários povoados que habitaram pioneiramente o território e estabeleceram-se nas
proximidades do rio Amarelo. A Civilização chinesa foi responsável pela criação
de importantes invenções. Até o século XV, os chineses ocuparam posição
destacada na produção intelectual e tecnológica. São eles os inventores da
pólvora, do compasso, das primeiras prensas e da medicina. Entretanto, na Idade
Contemporânea, a superioridade do Império Chinês foi abalada pelo contato com
as nações europeias envolvidas no processo de expansão da economia industrial.
Durante o século XIX, a ação imperialista acabou estabelecendo uma série de
conflitos que colaboraram para um novo período da história chinesa. Os chineses
então modernizaram suas instituições e, hoje, ocupam a categoria de potência
mundial.
China
A China era
habitada desde os tempos pré-históricos. No início do Período Neolítico,
agricultores estabeleceram-se no vale do rio Amarelo (Huang-Ho). Por volta de
3000 a.C., já havia comunidades agrícolas sofisticadas no território chinês.
Por volta de 1600 a.C., constituiu-se a primeira dinastia chinesa – a Shang.
Além da
avançada agricultura, esse povo construiu palácios de madeira e desenvolveu a fabricação
de objetos em bronze e em porcelana.
Poucas
culturas despertam tanta curiosidade quanto a chinesa. Arqueólogos,
historiadores, outros estudiosos e turistas visitam constantemente o país na
tentativa de desvendar seus mistérios. E mistério é o que não falta na história
desse povo milenar.
A China é uma
das civilizações mais antigas do mundo, juntamente com o Egito, a Mesopotâmia,
a Pérsia, a Índia e a Grécia. Diversos objetos inventados na China antiga ainda
hoje fazem parte do nosso cotidiano: o jogo de xadrez, os papagaios ou pipas de
empinar, a bússola, a porcelana, a pólvora, os fogos de artifício, o
guarda-chuva, o papel, a imprensa, produtos e técnicas medicinais como a
acupuntura.
Os chineses
eram conhecidos por sua grande preocupação com a saúde. Uma prova disso é que
na Antiguidade o curso de medicina era muito procurado pelos jovens. Segundo a
tradição, se alguém recebia seu corpo como uma dádiva dos pais, era sua
obrigação protegê-lo contra doenças. Os exercícios corporais sempre foram muito
valorizados pelos chineses, como forma de manter o corpo e a saúde mental em
perfeitas condições.
Havia
exceções a essa regra, como a prática, muito difundida entre os chineses, de
cortar parte do corpo (pernas, braços, etc.) para ser usada no preparo de uma
sopa medicinal, que era servida aos pais quando ficavam doentes.
Localização
A China
situa-se na parte leste da Ásia. A China é terceiro maior país do mundo depois
da União Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União
Soviética, a leste pela União Soviética, Coréia do Norte, mar Amarelo e mar da
China Oriental; ao sul pelo mar da China do Sul, pelo Vietnã do Norte, Laos,
Birmânia, Índia, Butão, Silkim, Nepal e Paquistão Ocidental; a oeste pelo
Afeganistão e União Soviética.
Dois terços
da China são montanhosos ou semidesérticos. A sua parte oriental é formada por
férteis planícies e deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas é Hainan, na
costa meridional. Os rios principais são: Amarelo, Amur e Yu.
A China tem
uma área de 9.596.961 Km2 e uma população superior a 1.300.000.000 de
habitantes. Sua capital é Pequim. São cidades principais: Xangai, Pequim,
Tientsin, Luta, Shenyang, Cantão, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses são han
e 11% de chuangs.
A agricultura
é a base da economia. Os chineses plantam arroz, trigo, cevada, soja, painço,
algodão, chá e tabaco. Há também grandes reservas de carvão, ferro, cobre,
chumbo e outros minerais.
O Império do
Meio: o início da grande civilização
Em 1929, o
arqueólogo chinês Pei Wenzhong encontrou na aldeia de Zhoukoudian, perto de
Beijing ou Pequim, atual capital da China, um crânio humano que datava de
aproximadamente 500 mil anos. Esse crânio pertencia ao gênero Homo erectus, que
viveu em regiões da África, da Ásia e da Europa entre cerca de 1,8 milhão e 300
mil anos atrás. O arqueólogo batizou o seu achado de “Homem de Pequim”.
Estudando
esse fóssil e outros indícios encontrados na região, os pesquisadores
concluíram que o Homo erectus chinês vivia em cavernas e produzia artefatos de
pedra polida, utilizava o fogo para cozinhar os alimentos e proteger-se do
frio. Vivia da caça, da pesca e da coleta de frutos das florestas. Tudo indica
que os primeiros chineses tinham vida semelhante à dos demais povos do
Paleolítico.
Sabe-se
também que, há cerca de 6 mil anos, em Yangzhou, na região fértil do Rio
Amarelo, desenvolveu-se uma cultura neolítica
de agricultores e criadores de animais domésticos (cães e porcos). Ali
também eram fabricados potes e vasos de cerâmica para armazenar os alimentos.
Esses objetos de cerâmica eram ricamente decorados com símbolos que, pelo que
parece, deram origem à escrita chinesa.
Vaso em
cerâmica, um dos principais traços da cultura material chinesa
Fragmentos
O povoamento
do vale do Rio Amarelo (Rio Hoang-Ho) se explica pela fertilidade do solo,
favorável a pratica da agricultura, principalmente o cultivo do arroz. Durante
centenas de anos a enchentes do rio e os
ventos do deserto vinham depositando na terra uma camada de argila amarelada,
conhecida como loesse, que deu ao rio um tom amarelado e o nome. Precedendo que
o loesse era um eficiente fertilizante do solo, os chineses fixaram-se nas
planícies às margens do rio, onde iniciaram o cultivo da terra. Para melhor
aproveitar os recursos naturais da região, os chineses construíram canais de
irrigação e diques para controlar as cheias. Essa prática é semelhante à que os
egípcios antigos desenvolveram aproveitando as enchentes do Nilo.
Essas
pequenas aldeias agrícolas deram origem a povoados, que mais tarde se
transformaram em pequenos Estados
governados por chefes políticos. Posteriormente, alguns desses pequenos Estados
foram dominados por outros, fazendo surgir reis poderosos e respeitados. O
poder passou a ser transmitido de pai para filho (poder hereditário), dando
origem ao que chamamos de dinastias.
A família e
aspectos culturais da China
Para a
maioria dos chineses, e durante a maior parte da história da China, a família
era o centro da vida social, e a devoção a ela era considerada uma grande virtude. Os pais sentiam-se responsáveis pela
transmissão dos ensinamentos que vinham dos antepassados para seus filhos, como
preservar a propriedade familiar.
As famílias
chinesas eram muito numerosas. Geralmente os parentes viviam na mesma casa
(pai, mãe, filhos, avós, netos, tios), reunindo muitas vezes três ou quatro gerações.
Para uma
mulher casada, a maior virtude era a fidelidade, e isso também valia caso ela
enviuvasse. Entretanto não era ilegal que uma mulher se casasse depois da morte
do marido, o que de fato era até comum, por causa das dificuldades econômicas. No
entanto, isso era visto como uma prática moral inferior. De acordo com a crença
popular, a mulher que casasse em segundas núpcias seria considerada, depois de
morta, um fantasma na família dos maridos.
Na China, os
meninos recebiam tratamento diferenciado,
uma vez que eram considerados os futuros chefes das famílias. Quando
completavam 20 anos de idade, tinham seus cabelos cuidadosamente presos no alto
da cabeça e protegidos por um gorro. Os casamentos eram normalmente arranjados
entre famílias e, depois de casada, a mulher mudava-se para a casa do marido.
Os imperadores chineses costumavam casar suas filhas com membros das famílias
reais dos povos vizinhos e, assim, protegiam suas fronteiras.
Os meninos e
meninas podiam freqüentar as escolas. A sociedade chinesa sempre deu muita
importância para a educação. Mesmo as crianças mais pobres recebiam instrução,
muitas vezes da própria família.
A educação
das meninas tinha o objetivo de prepará-las para as tarefas do lar, como bordar
e costurar. Para os meninos, o objetivo central era prepará-los para concorrer
ao cargo de funcionário real, que era escolhido pelo próprio imperador. Se
fossem escolhidos, os rapazes teriam uma situação privilegiada dentro do
Estado.
As cidades
chinesas
Desde os
primórdios as cidades chinesas foram densamente povoadas. Chang-an foi uma das
mais famosas cidades da China na Antigüidade.
Por volta do
século VII a.C., Chang-an já possuía 1 milhão de habitantes. Os tipos de
moradias variavam de acordo com as condições sociais de cada um. Os nobres e os
ricos comerciantes viviam perto dos palácios e a população empobrecida
amontoava-se nas periferias das cidades. As melhores moradias tinham mais de um
andar, eram cobertas com telhas e decoradas com cuidado e harmonia. Os
trabalhadores urbanos e os camponeses habitavam casas pequenas, com pouca
ventilação, cobertas por bambu.
A alimentação
das camadas privilegiadas era rica e variada: carnes, ovos, cereais e vegetais.
A comida era servida em belas vasilhas de porcelana, e como talheres utilizavam
pauzinhos, feitos de bambu ou madeira. Para os pobres a comida quase sempre era
insuficiente. Geralmente alimentavam-se de um cozido de vegetais. Nas regiões
onde havia muitos arrozais (vale dos rios Hoang-Ho e Yang Tse-Kiang, no sudeste
da China), a alimentação era acrescida de uma tigela de arroz.
Bebida
alcoólicas e chás eram apreciados pela população. Os banquetes organizados
pelos nobres eram servidos em belas jarras decoradas com ornamentos de ouro,
bronze ou prata.
Religião na
China
Não havia
somente uma religião na China, mas várias, e constituídas de filosofias
diferentes.
Uma das mais
conhecidas filosofias religiosas da China foi criada por Confúcio (ou Kung
Fu-tzu, “Mestre Kung”), que viveu aproximadamente de 551 a 479 a.C. Confúcio
era considerado o maior professor do império, sendo adorado em vários cantos do
território. Seus ensinamentos falavam de ética e dos ritos de passagem de uma etapa da vida a outra, como nascimento,
o casamento e a morte.
As idéias de
Confúcio valorizavam a busca do
equilíbrio e a harmonia para uma vida melhor. O conjunto de seus ensinamentos
recebeu o nome de confucionismo. Essa filosofia religiosa, que até hoje é muito
difundida na China, não pregava a adoração de um deus, mas o humanismo e as
boas relações entre as pessoas. A regra fundamental de Confúcio dizia: “O que
não queres que façam a ti, não faças aos outros”.
Outra
importante manifestação religiosa continua sendo o budismo (linkar para budismo/religiões),
originado na Índia, e que se expandiu na China a partir do século III d.C.
As religiões
populares eram festivas e reuniam muitos seguidores. As famílias cultuavam os
deuses nas festas anuais e nas oferendas aos antepassados. Acreditavam que os
espíritos dos antepassados protegiam o lar e, por isso, reservavam um dos
aposentos da casa para lhes servir de moradia. Em certas datas do ano, como
aniversário ou morte do antepassado, os familiares o homenageavam.
A maior
religião popular da China foi o taoísmo (linkar para religiões). Suas teorias
foram criadas pelo pensador Lao-tsé, que viveu por volta do século VI a.C.
Segundo Lao-tsé, o Tao seria criador do mundo e responsável pela ordem de todas
as coisas e de todas as pessoas. O taoísmo ganhou muitos adeptos entre as
camadas populares ao pregar que todos os que levassem uma vida muito miserável
e sofrida na Terra poderiam alcançar uma vida melhor pós a morte, pela fé e
pela purificação.
Segundo
Lao-tsé, toda a natureza é regida pelo equilíbrio das energias yin (energia
negativa e feminina) e yang (energia positiva e masculina), os opostos que se
complementam. E o corpo humano é parte desse conjunto. A oposição entre as
energias yin e yang pode explicar fenômenos que ocorrem em nosso corpo: se em
harmonia, essas energias promovem a saúde; se em desequilíbrio, a doença.
Divindades de
origem Taoísta
·Os Três Puros — Os Três Puros são a
trindade Taoísta de deuses representando os princípios supremos.
·Quatro Imperadores — Reis celestes
do Taoísmo.
Imperador de
Jade — O Imperador de Jade é o governante supremo de tudo, contado entre as
principais divindades Taoístas.
Beiji
Dadi — Governante das estrelas.
Tianhuang
Dadi — Governante dos deuses.
Imperatriz da
Terra
· Xi Wangmu ou Rainha Mãe do Oeste é
a deusa que detém o segredo da vida eterna e a entrada para o paraíso.
· Pak Tai ou Bei Di é o Deus Taoísta do Norte, Pak Tai é um dos Cinco
Imperadores que desde a Dinastia Han são associados a cada um dos pontos
cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro) segundo a teoria dos Cinco
Elementos. Em Hong Kong e Macau, são considerados divindades do vento. Pak Tai
é também o deus das águas.
·Oito Imortais: Os Oito Imortais são uma crença Taoísta
descrita pela primeira vez na Dinastia Yuan. O poder de cada Imortal pode ser
transferido para uma ferramenta que pode dar vida e destruir o mal. A maioria
nasceu nas Dinastias Tang ou Sung. Eles não só são venerados pelos Taoístas
como são elementos da cultura chinesa. Vivem na Montanha Penglai.
Divindades de
origem Budista
·
Guan Yin ou Kuan Yin é a deusa da compaixão e piedade.
·
Hotei é uma divindade budista popular. Deus da alegria e fortuna.
·
Dizang é aquele que salva da morte.
·
Yanluo é o governante do Inferno (forma abreviada do sânscrito Yama Raja
·
Shi Tennô: Os Quatro Reis
Celestes são deuses guardiões budistas.
Outras
divindades
· Erlang Shen é um deus chinês com um
terceiro olho na testa que vê a verdade.
· Lei Gong o deus do trovão.
· Guan Yu é o deus das irmandades,
das artes marciais e, quando estas ocorrem, também deus da guerra.
· Zhao Gongming, deus da fortuna que
monta um tigre.
· Bi Gan também é um deus da fortuna.
· Zhu Rong é o Deus do fogo.
· Gong Gong é o Deus da água.
· Chi You: Deus da guerra e inventor
das armas de metal.
Mitologia
chinesa
Os
historiadores supõem que a mitologia chinesa tem início por volta de 1100 a.C.
Os mitos e lendas foram passados de forma oral durante aproximadamente mil anos
antes de serem escritos nos primeiros livros como o Shui Jing Zhu e o Shan Hai
Jing. Outros mitos continuaram a ser passados através de tradições orais tais
como o teatro e canções, antes de serem escritos em livros como no Fengshen
Yanyi.
Pássaros
Fenghuang.
Fenghuang — O
Fenghuang é considerado a fênix chinesa.
Jian: A Jian é uma ave mítica que se acredita só
tenha um olho e uma asa: um par dessas aves depende um do outro, é inseparável,
daí, representar o marido e a mulher.
Jingwei: Jingwei é o pássaro mítico que tenta encher o
oceano com gravetos e seixos. Na verdade o Jingwei era a filha do Imperador
Yandi, mas morreu jovem, afogada no Mar do Leste. Após sua morte ela decidiu
renascer como um pássaro para vingar-se do mar trazendo gravetos e seixos das
montanhas próximas tentando enchê-lo a fim de evitar que sua tragédia aconteça
a outros.
Jiu Tou Niao:
É uma ave de nove cabeças usada para assustar crianças. Conta à lenda que ela
seqüestra jovens meninas e as leva para sua caverna onde ficam até ser salvas
por um herói.
Su Shuang é
uma ave mitológica, também descrita como uma ave aquática.
Peng: A Peng é uma ave mitológica gigante e de
impressionante poder de vôo.
Zhu — A ave
Zhu é tida como um mau presságio.
Dragões
O dragão
chinês é uma das criaturas mais importantes da mitologia chinesa. É considerada
a mais poderosa e divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas
as águas. O dragão simbolizava grande poder e era apoio de heróis e deuses. Um
dos mais famosos na mitologia chinesa é Yinglong. Diz-se ser o deus da chuva.
Pessoas de diferentes lugares rezam para ele a fim de receber chuva. Na
mitologia chinesa, acredita-se que os dragões possam criar nuvens com sua
respiração. O povo chinês usa muitas vezes a expressão "descendentes do
Dragão" como um símbolo de sua identidade étnica.
Yinglong — é
um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudou um homem
chamado Yu a parar uma enchente do Rio
Amarelo abrindo canais com sua cauda.
Reis Dragões
— Os reis dragões são os quatro governantes dos quatro oceanos (cada um
corresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palácios de cristal no fundo do
mar de onde governam a vida animal.
Fucanglong —
é um dragão do mundo subterrâneo que guarda os tesouros enterrados. Sua saída
da terra provoca a erupção de vulcões.
Shenlong — é
um dragão que pode controlar os ventos e as chuvas.
Dilong — é o
dragão da terra.
Tianlong —
Tianlong são os dragões celestiais que puxam as carruagens dos deuses e guardam
seus palácios.
Li — O Li é
um dragão dos mares menor. Não tem chifres.
Jiao — O Jiao
é outro dragão sem chifre que vive em pântanos. O dragão mais inferior.
Desenvolvimento
econômico
O comércio da
seda foi uma das atividades mais lucrativas para os chineses. No século I d.C.,
o Império Romano tornou-se um dos maiores consumidores do produto. A seda era
transportada geralmente por terra, e o caminho mais conhecido era aquele que
atravessava o Deserto de Góbi, as terras dos atuais Cazaquistão e Turquia, até
chegar a Roma. Esse trajeto era conhecido como rota da seda.
Quando os
chineses desenvolveram as técnicas para a produção da seda, grande parte da
população passou a se dedicar a essa atividade. A seda era muito utilizada na
confecção de roupas para os imperadores e nobres, e, em ocasiões especiais,
para decorar painéis e faixas com dizeres festivos ou fúnebres.
Gradualmente
a produção da China estendeu-se por toda a Europa, onde o tecido delicado e
caro era muito apreciado. Entretanto a seda só foi industrializada na
Inglaterra no século XV. Atualmente a China ainda produz a melhor seda do
mundo.
O
desenvolvimento científico
Os estudiosos
chineses, que dominavam tecnologias avançadas para a época, desenvolveram
vários instrumentos que ainda hoje são muito úteis, como a bússola magnética, o
sismógrafo (que mede a intensidade dos tremores de terra) e o compasso. Já no
século II d.C., Zhang Heng construiu um globo celeste. Em 1088 Han Gonglian
projetou o primeiro relógio astronômico movido a água do mundo. Os chineses
também deram uma grande contribuição
para os estudos de astronomia e aritmética.
Bússola Sismógrafo
Globo celeste
de Zhang Heng
Inúmeros
objetos e utensílios de bronze da dinastia Shang (1500-1027 a.C.) encontrados
por arqueólogos, e que se encontram expostos em museus, comprovam a riqueza da
antiga arte chinesa. O bronze era usado na confecção de objetos que seriam utilizados nas cerimônias reais e religiosas e não na fabricação de
instrumentos agrícolas, como ocorria na Europa.
Jarro da
dinastia Shang Caixa de
laca vermelha imitando um jarro utilizado em rituais
Os artesãos
tinham papel de destaque na China antiga. Eram contratados pelo rei para
confeccionar objetos de uso pessoal e adornos, tecidos para a roupagem da
família imperial e para funcionários reais.
Os chineses
consideravam o jade a pedra mais valiosa de todas e, por essa razão, era muito
usada para fazer adornos e objetos.
A escrita
chinesa
Os mais
antigos registros escritos da China de que se tem notícia foram encontrados na
cidade de Anyang, no leste da China, gravados em pedaços de ossos de animais e
em cerâmicas. Alguns sinais utilizados como escrita podiam ser facilmente
relacionas ao Sol, representados por um circulo com um risco no meio, e ao
cavalo, representado por um desenho do animal.
Como podemos
perceber a escrita chinesa, como a de outras civilizações, é ideográfica, ou
seja, os símbolos expressam idéias. A escrita moderna chinesa é um
aperfeiçoamento do modelo antigo.
Corrigir a ortografia
do século 2 DEPOIS de cristo
A escrita
chinesa e seus símbolos equivalentes ao nosso alfabeto.
Organização
social chinesa: Imperadores, mandarins, grandes proprietários e camponeses
Os
imperadores tinham a função de manter o equilíbrio e a harmonia entre os dois
mundos: o natural (dos vivos) e o
sobrenatural (dos mortos). Acumulavam funções administrativas, religiosas e
sociais.
Julgar a
capacidade do imperador era
responsabilidade do Céu e nem sempre ela estava relacionada com as tarefas
cumpridas na Terra.
E como saber
se o imperador estava agradando ao Céu?
A sociedade
chinesa acreditava que os deuses se manifestavam na natureza e na vida social.
Revoltas populares, perturbações naturais (catástrofes, secas, inundações),
invasões de povos estrangeiros eram sinais divinos de que o imperador deveria
ser substituído por outro a qualquer momento.
Durante a
dinastia Chin (221 – 206 a.C.) a China transformou-se em um Estado unificado,
com o poder centralizado na figura do imperador. Como parte das medidas tomadas
para fortalecer o poder real, surgiram mandarins, funcionários que controlavam
a administração do estado, organizando o calendário das atividades reais, a
construção de estradas, diques, barragens e obras públicas, e zelando pela
justiça e segurança da sociedade. Os mandarins eram muito importantes, pois
praticamente administravam o Estado. Por isso, desde cedo os meninos da nobreza
eram preparados para exercer essa função.
A dinastia
Chin ficou conhecida também pela construção da Muralha da China, com mais de
2.500 quilômetros de comprimento.
A Grande
Muralha da China
A produção
agrícola estava nas mãos de grandes e médios proprietários de terras. Existiam
também grupos de camponeses que arrendavam, com suas famílias, as terras do
governo, onde criavam animais e plantavam. Essas pessoas trabalhavam
arduamente: além de sustentarem a família, tinham de pagar altos tributos pelo
arrendamento das terras.
Curiosidades
Sozinha, a
China tem duas vezes mais gente do que a Europa inteira.
1,2 bilhões
de pessoas, este é o número estimado de habitantes (pessoas registradas) pelo
último CENSO.
Um em cada
cinco habitantes do planeta vive na China, um quinto da população mundial.
Se o mundo
fosse uma única rua, um em cada quatro dos seus vizinhos seria chinês.
Se você
morasse na China neste momento estaria dividindo o cômodo que ocupa em sua casa
com mais 7 pessoas.
Por causa da
superpopulação, cada casal só pode ter um filho. Mas, se o primeiro for menina,
pode-se tentar de novo.
Com quase
3.000 km de extensão, a Muralha da China, única obra feita pelo homem que pode
ser vista do espaço, começou a ser construída em 200 A.C. e completa atualmente
2200 anos de vida. Sua construção envolveu mais de um milhão de pessoas, muitas
das quais morreram ali mesmo.
Sua
imponência começa pelo aspecto visual e termina na prática, pois em alguns
trechos de suas descomunais escadarias, o visitante só consegue subir os
degraus de quatro, com as mãos no chão.
Li ou Lee
(forma inglesa) é o sobrenome mais comum do mundo. Só na China existem 87
milhões deles.
O célebre
Livro Vermelho de Mao, espécie de cartilha do comunismo chinês, atualmente só serve
para ser vendido aos turistas nos portões da Praça da Paz Celestial, onde a
figura de Mao Tse Tung ainda brilha.
Na China, as
ruas são extensões da casas. Ali os chineses comem, dormem, cortam o cabelo,
fazem massagem, Tai-Chi-Chuan e até dançam.
Dentro da
China existem várias nações. Algumas inteiras, como é o caso do Tibete e
algumas minorias (mongóis, turcos, cazaques, tibetanos, etc.). São por volta de
55 grupos diferentes, ou seja, 60 milhões de chineses não são tão chineses
assim - 60 milhões! Mais do que uma França ou duas Argentinas! Na China até as
minorias são exageradas.
Imaginar que
um país tão grande assim (o terceiro maior do mundo só atrás da Rússia e do
Canadá) tenha a mesma geografia de norte a sul é o mesmo que generalizar que no
Brasil só existe selva. É um erro grosseiro. Tanto das curiosas formações
rochosas de Guilin, no oeste do país, quanto da maior de todas as montanhas - o
Monte Everest - a China tem várias faces em sua geografia.
Cobras,
ervas, ratos, morcegos. Tudo cura na milenar medicina chinesa. Lagartos
ressecados, por exemplo, são bons para tosse comprida, pedra nos rins e até
mesmo impotência.
A Fênix é uma das criaturas mágicas da
mitologia chinesa. Dizem que só aparecia quando o país era governado por um bom
imperador.
As pétalas de uma Datura sagrada representam
as cinco pontas da estrela.
O cervo e o alto funcionário: símbolos de
prosperidade.
Por ser o BOI o animal que mais ajuda na
lavoura, puxando o arado e a carroça, a maioria do povo chinês considera pecado
comer sua carne.
"Um faz dois, dois fazem três, de três
nascem as dez mil coisas." Foi assim que Lao Tsé condensou a cosmologia
chinesa. DEZ MIL é a expressão que simboliza o todo e a imortalidade.
O sapo e a rã
são símbolos de longevidade.
A arte de
empinar pipas é tradicional na China.
O morcego é
um símbolo de felicidade, e cinco morcegos juntos representam: longevidade,
saúde, fortuna, amor à virtude e morte natural.
Um quarto dos
crimes previstos no Código Penal é punido com a morte, incluindo delitos menores
como envenenar gado ou difundir pornografia.
Os chineses
são muito supersticiosos. Os andares 4, 14 e 24 de muitos prédios não existem,
porque o ideograma do 4 é parecido com o da morte. Celulares terminados em 4 ou
com muitos 4 são bem mais baratos, e muito utilizados por estrangeiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário