O amor
é meu pecado, e o ódio, tua doce virtude,
Ódio
por meu pecado, de um amor pecaminoso:
Ah, se
comparares o teu estado ao meu,
E não
achares seus méritos reprováveis;
Ou, se
forem, não por teus lábios,
Que
profanaram seus rubros ornamentos,
E
selaram falsas juras de amor tanto quanto eu;
Roubando
outros leitos de seu uso.
Seja
dito que te amo, como amas aqueles
Que
atraem teus olhos como os meus te importunam:
Planta,
em teu coração, a piedade que, quando crescer,
Mereça
a tua compaixão ser compadecida.
Se
procuras ter aquilo que ocultas,
Pelo
teu exemplo te seja negado!
http://sonetosdeshakespeare.blogspot.com.br/2009/07/soneto-142-o-amor-e-meu-pecado-e-o-odio.html
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