quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Refletir...
"Quando uma árvore cai no meio da floresta e ninguém a
ver cair, não significa que ela não caiu."
Provérbio Chinês
Língua afiada...
PEGADINHA
GRAMATICAL
Uso do
advérbio: aspectos peculiares
O uso do advérbio encontra-se relacionado a aspectos
peculiares distintos, levando em conta as circunstâncias por ele apresentadas,
entre outros elementos.
O uso do advérbio se constitui de peculiaridades
distintas.
Enquanto usuários da língua, dispomos de uma
competência que nos torna aptos a exercê-la em distintas situações
comunicativas. Em uma delas, de forma específica, usufruímos de tais
competências de forma ainda mais preponderante: naquela situação em que
prevalece o padrão formal da linguagem, ou seja, na escrita propriamente dita.
Dessa forma, ativando algumas habilidades, conscientizamo-nos de que o advérbio
- esse elemento que norteia o assunto em pauta – é utilizado para indicar a
circunstância em que se encontra o verbo, estando esse (o verbo) imerso em um
dado contexto oracional.
Nesse sentido, cabe ressaltar que distintas são essas
circunstâncias, ou seja, de modo, intensidade, lugar, negação, afirmação,
instrumento, dúvida, entre tantas outras. Assim, aprofundando ainda mais nosso
estudo, veremos a partir de agora que, de acordo com um determinado contexto,
um mesmo advérbio pode expressar circunstâncias distintas – o que determina os
aspectos peculiares de que falamos. Vejamos, portanto, acerca desses traços:
* Alguns advérbios, a depender do emprego a que lhes
são atribuídos, expressam circunstâncias diferentes. Vejamos alguns exemplos:
O professor, pelo que nos relatou ontem, certamente virá.
Infere-se, portanto, que a circunstância em questão é
de dúvida.
Pelo que nos relatou ontem, o professor virá
certamente.
Detecta-se, pois, que a circunstância, a ideia agora
se refere a uma afirmação.
Aquele político discursa bem.
Afirmamos estar diante de uma circunstância de modo.
Como a garota se alimenta bem!
A circunstância, desta vez, agora é expressa pela
ideia de intensidade.
* Nos casos em que, por motivos estilísticos, na
oração aparecem dois advérbios juntos, somente o último deles deve se
constituir do sufixo “-mente”, característica dos advérbios de modo. Atemo-nos ao exemplo em questão:
Humilde e generosamente a população contribui com a
doação de alimentos aos desabrigados.
História...
Civilização
Persa
A civilização persa foi uma das mais expressivas
civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num
extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico
e o mar Cáspio. Ao contrário das regiões
vizinhas, possuía poucas áreas férteis.
Esta civilização estabeleceu-se no
território por volta de 550 a.C. Através de Ciro, que era um príncipe persa, realizou a dominação
do Reino da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado
que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, este talentoso imperador
também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões
gregas da Ásia Menor e a Babilônia.
O processo de expansão iniciado por Ciro foi
continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e
a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território
persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa.
Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias,
subdivisões do território a serem administrados por um sátrapa.
Persas
Mosaico representando os exércitos persas.
O planalto do Irã, região montanhosa e desértica,
situada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado
pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas eram dominados pelos medos.
Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de
Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.
Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam
nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração.
Eles acabaram por construir um vasto império. Seu território compreendia a Ásia
Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos
posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a
Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se
localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram
conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o
Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.
A formação do império persa
Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o aumento
da população, houve a necessidade da expansão geográfica.
Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos medos
e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C.).
Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o Helesponto até
as fronteiras da Índia.
Ciro não proibia as crenças nativas dos povos
conquistados. Concedia alguma autonomia
para as classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas,
mas exigia, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos.
Ciro morreu em 529 a.C.
Cambises , filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha
militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na batalha
de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o
Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da
Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu levar
esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.
A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambises.
Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores da nobreza,
tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia.
Ciro, o grande (imperador persa)
A organização do império
Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus
costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar
tributos e a servir o exército persa.
Dario procurou organizar o império dividindo-o em
províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las. Para facilitar
a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre
elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada
ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o
exército e as caravanas de mercados.
A riqueza para sustentar esse enorme império era
fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos
ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores
não pertencia a essa categoria.
Cultura e religião persas
Na arte, os persas receberam grande influência dos
egípcios e dos mesopotâmicos. Fizeram construções em plataformas e terraços,
nas quais utilizaram tijolos esmaltados em cores vivas.
No plano religioso, distinguiram-se por uma religião
que ainda hoje é praticada em algumas partes do mundo: o zoroastrismo. Seu
fundador, Zoroastro (daí o nome da religião), viveu entre 628 e 551 a.C.
De acordo com os princípios básicos do zoroastrismo,
existem duas forças em constante luta: o bem e o mal. O deus do bem é Ormuz,
que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo; o deus do mal é
Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar
o bem e a justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e,
assim o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida
eterna no paraíso.
Muitos dos valores do zoroastrismo acabaram sendo
adotados por outras religiões. No cristianismo, por exemplo, encontram-se
presentes as idéias de Juízo Final e paraíso e a dicotomia entre bem e mal.
Essa religião baseava-se na sinceridade entre as
pessoas e foi transcrita no livro
sagrado Avesta. O imperador era quase um deus , pois, segundo a crença ,
governava por ordem de deus.
A decadência do império
A tomada do estreito de Bósforo e Dardanelos no mar
Negro pelas forças persas prejudicou o intenso comércio grego na região. O
clima de tensão entre várias cidades gregas e o império persa transformou-se em
longa guerra. Em 490 a.C., Dario tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado
pelos gregos na batalha de Maratona. Dario morreu e o poder passou as mãos de
seu filho Xerxes, que continuou a luta contra a Grécia, sendo derrotado em 480
e 479 a.C. nas batalhas de Salamina e Platéia.
Após sucessivas derrotas, os persas foram obrigados a
se retirar e reconhecer a hegemonia grega no mar Egeu e na Ásia Menor (Lídia).
Com o enfraquecimento do império, várias satrapias se revoltaram contra o
domínio persa. Internamente a luta pelo poder tornou-se mais e mais violenta.
Entretanto, durante a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta) os persas
tomaram novamente a Ásia Menor.
Com o assassinato de Dario III, um dos últimos
sucessores do império, Alexandre Magno dominou toda a Pérsia e suas satrapias e
anexou-as ao império greco-macedônico.
Viva a sabedoria...
O Diálogo como
forma escrita e a Dialética em Platão
Platão discutiu conceitos que abordam o diálogo como
forma escrita. Além disso, adotou a dialética (que ajuda a clarear pontos e
elevar o entendimento) na obra e vida.
Durante vinte e quatro séculos, muito se falou sobre
Platão. É o autor considerado inaugurador da “metafísica” Ocidental. Várias
interpretações conflitantes, e até mesmo mutuamente excludentes, predominaram
sobre certo modo de lê-lo e acabaram por obscurecer seu pensamento vivaz e
robusto, características da força artística da Grécia antiga.
Incompreensível, aquilo que se convencionou chamar de
platonismo parece, ainda hoje, corresponder a uma espécie de hipótese ad hoc,
ou seja, salvar uma teoria ou continuar desenvolvendo-a sobre um determinado
paradigma.
Em sua obra, os Diálogos, há a encenação dramática
entre vários discursos, que se pretendem verdadeiros: sejam os discursos
relativistas dos sofistas, sejam os filosóficos ou a procura de definições de
Sócrates (bem como também daqueles que expõem com mais ou menos simplicidade
e/ou dificuldades aquilo que pensam), há uma trama sensível de posições que
entram em combate, em conflito direto. Mostração,
demonstração e refutação; alegorias, mitos, matemática, imagética, são formas
discursivas que tentam fazer ver algo, fazer aparecer algo.
Entretanto, esse algo nunca é dito diretamente da boca
de Platão. Ele, enquanto autor dos diálogos, não se imiscui na cena dramática
ou quando o faz é de forma irrelevante para o contexto. É Sócrates ou Górgias,
ou Cálicles, ou Teeteto, ou o Estrangeiro, etc., que falam. Todos correspondem
a uma intenção determinada do autor.
Devemos, portanto, fazer uma suspensão metodológica da
tradição platônica para ler os diálogos com maior clareza e desta procurar
saber se é possível ou não extrair uma filosofia propriamente dita platônica,
concebendo Platão primeiro como autor para saber se pode ser também um filósofo
e em que condições isto se dá.
Compreender qual a intenção de Platão em escrever na
forma dialógica é buscar, a partir do estabelecimento das temporalidades, léxis
(o que é dito), nóesis (o que é compreendido), gênesis (o momento histórico, a
vida, etc., do autor) e poíesis (a cronologia das obras) e verificar, nesse
ordenamento, como o gênesis influencia e determina a poíesis. Mostrar que essa
intenção evidencia o quanto Platão pode ter herdado de Sócrates e ao mesmo
tempo se afastado do “mestre”, pretendendo fazer do diálogo uma forma artística
que concorresse com as outras formas de representar a realidade na Grécia
antiga. Significa que Platão pretende fazer um bom uso da imitação e não
completamente desprezá-la.
Assim, como no diálogo há vários discursos, a
linguagem é objeto de diferentes valorações e pode ser tomada como sendo o que
não é, como valendo mais do que vale. E é essa a crítica de Sócrates n’A
República, livros II-III. É preciso, pois, uma apropriação sempre crítica da
imediatidade do aparecer e não a sua exclusão sumária. Então, o desafio dos diálogos
seria o de pensar o que é e o que não é e de ser capaz de dizê-los
discursivamente. Podemos, assim, listar alguns objetivos específicos na
intenção do autor em escrever na forma dialógica. São eles:
Mostrar que Platão visa concorrer com outras formas artísticas
(discursivas, outros modos de expressão do Lógos), porque mesmo que não possua
uma doutrina fixa, ele acredita na possibilidade de inteligibilidade
(entendimento e discernimento), tendo como pressuposto que o fim da comunicação
é a persuasão.
Por isso, pretende, ao expressar a odisseia socrática e
contrapô-la a vários discursos, promover um mínimo de postura a quem deseja
conhecer algo, incentivando o leitor a buscar o conhecimento por si mesmo;
Platão adere ao método dialético. É o único dogma que
se pode extrair tanto da sua vida quanto da sua obra. Não é nem cético, nem
dogmático, mas filósofo, isto é, busca a verdade, consciente da impossibilidade
de possuí-la plenamente. Aqui, mesmo que o autor não se imiscua na
dramaticidade dos diálogos, há pontos de sua vida pessoal que permitem se
aproximar de algumas opiniões dos personagens;
A relação Éros e Lógos, inscrita nos diálogos, poderia
servir de metodologia interna? A filosofia, no fim da odisseia, não compreende
a necessidade de um saber forte, mas também reconhece as dificuldades ou até
impossibilidades de o atingir.
Então, o que permanece na busca? A dialética,
como condição de existência para quem deseja o saber, ajuda a clarear pontos e
elevar o entendimento, ao menos de forma temporária. Jamais significa que a
chamada teoria das Ideias ou Formas corresponda a uma doutrina fixa. Pode-se
pensar que seria uma hipótese, socrática, que não deu certo ou que esclareceu
pontos, entrou em dificuldades e exigiu superação. Por isso, a necessidade da persuasão,
da linguagem, do diálogo!
O modo como o aparecer é inserido e não excluído no
pensamento socrático. O que é criticável na arte, segundo os textos, não é a
sua insuficiência ontológica, inferioridade da aparência com relação à
essência. Não há mundo das ideias diferente do mundo das coisas. O que ocorre é
a maior ou menor inteligibilidade sobre aquilo que aparece. Observe: o que faz
uma coisa ser mais real do que outra? Isso não está explícito nos diálogos, não
pode ser afirmado categoricamente.
Então, pode-se dizer que as nuances que perfazem essa
problemática são mais bem compreendidas se ela for organizada de modo a fazer
com que a nóesis corresponda corretamente com a léxis e dessas possa se abrir o
caminho para a unificação dialética das diversas temporalidades e, só assim,
entender o real sentido da filosofia platônica.
Arte...
Yesterday
Em 2006, em votação internacional pela Internet, a
canção Yesterday, composta por John Lennon e Paul McCartney, membros do
inesquecível grupo musical britânico THE BEATLES, foi eleita a mais bela
melodia de todos os tempos. Abaixo você pode conferir a letra e a respectiva
tradução.
YESTERDAY
Yesterday all my troubles seemed so far away
Ontem todos os meus problemas pareciam estar longe.
Now it looks as thought they’re here to stay
Agora parece que eles estão aqui para ficar.
Oh! I believe in yesterday. Suddenly
Oh! Eu acredito no ontem. De repente
I’m not half the man I used to be
Eu não sou a metade do homem que costumava ser.
There’s a shadow hanging over me
Há uma sombra pairando sobre mim
Oh! Yesterday came suddenly.
Oh! O Ontem veio de repente.
Oh! Why she had to go I don’t know, she wouldn’t say.
Oh! Por que ela partiu, eu não sei, ela não diria.
I said something wrong, now I long for Yesterday.
Eu disse algo errado, agora eu espero pelo dia de
Ontem.
Yesterday love was such an easy game to play,
Ontem o amor era um jogo fácil de ser jogado
Now I need a place to hide away
Agora eu preciso de um local para me esconder
Oh! I believe in yesterday.
Oh! Eu acredito no dia de ontem.
Entendendo...
Seres
humanos: Produtores e produtos do conhecimento
O conhecimento pode ser transmitido através das
gerações, por meio dos processos de socialização e de interação social. Dessa
interação com o mundo ao seu redor, o homem produz e reproduz conhecimento e
informação.
O conhecimento pode ser transmitido através das
gerações, por meio dos processos de socialização e de interação social.
Assim como outros animais, o homem também reproduziu
meios de convivência em comunidade, além de ter desenvolvido formas de
sobrevivência e defesa. Contudo, fez isso da forma mais complexa possível,
produzindo sociedades, valores, costumes, enfim, produzindo cultura.
Se por um
lado existem habilidades humanas que podem ser dadas por instinto, há outras
que requerem treino, aprendizado, assimilação de um conhecimento. Estas,
certamente, não poderão prescindir de um processo de educação, seja ele
sistemático (como se vê na escola), seja ele menos formal, promovido pelos
pais, familiares, meio social e cultural no qual o indivíduo está inserido.
As culturas humanas criaram formas específicas de
interagir com a natureza para que os homens suprissem suas próprias
necessidades, assim como para que pudessem interagir entre si. Dessa forma,
este aprendizado é transmitido através das gerações, por meio dos processos de
socialização e de interação social. Isso significa dizer que uma condição de
isolamento total de qualquer um de nós, desde o nascimento, impediria o
desenvolvimento de características consideradas de fato humanas.
No isolamento, apenas as reações mais instintivas
estariam garantidas. Esse é o caso do personagem de “O enigma de Kaspar
Hauser”, um filme do alemão Werner Herzog, produzido na década de 1970. Essa
obra cinematográfica conta a história de um homem que desde seu nascimento até
boa parte da sua vida adulta esteve isolado, enfrentando as mais diversas
dificuldades em um tardio processo de socialização.
Ao ser socializado, sai de
uma situação de alienação total da realidade a sua volta, tornando-se alguém
com pontos de vista críticos em relação ao próprio contexto em que estava
inserido. Em outras palavras, se antes não conhecia ou assimilava os códigos da
sociedade (ou qualquer tipo de saber ou conhecimento que lhe tornaria de fato
um ser social), passa a compreendê-los, a ponto de ter uma opinião sobre eles.
Uma das principais dificuldades enfrentadas por Kaspar Hauser era sua falta de
habilidade em poder se comunicar com o mundo a sua volta. Isso nos faz pensar
na enorme importância da linguagem, assim como nos sistemas de símbolos como um
todo. Os símbolos e as interações são importantes para a transmissão do conhecimento
através da comunicação.
O homem tenta dominar o mundo que o rodeia
desenvolvendo habilidades, atribuindo significado e sentido para as coisas,
além de dominar as noções de tempo e de espaço tão fundamentais para a
organização de sua vida. Nesse sentido, criam-se culturas humanas as quais,
grosso modo, consistem em sistemas de pensamento, de costumes, de conhecimentos
e saberes específicos para a organização da vida, e que variam e se modificam
entre as sociedades.
Dessa interação com o mundo ao seu redor, o homem
produz e reproduz conhecimento e informação, exercício esse que permitiu o
nascimento da ciência como produto do pensamento humano, fruto dessa ânsia por
saber, por querer explicar, conhecer, dominar, querer transformar. Podemos
dizer que o conhecimento produzido pelo homem começa a ser uma ferramenta para
vida, para vencer obstáculos.
Mas como produzimos esse conhecimento ao longo
dos séculos? Embora produzida pelos homens, a ciência sempre está a seu favor?
Essa produção teria obedecido aos mesmos critérios desde sempre? Informação e
conhecimento são a mesma coisa? Considerando as consequências à vida moderna de
um desenvolvimento tão acelerado da ciência, bem como o agravamento de alguns
problemas sociais na sociedade capitalista, podemos ou não reavaliar os rumos
da produção do pensamento humano e os desejos de domínio da natureza? Vale a
reflexão.
Curiosidade...
Pão com
Manteiga
Seu
delicioso café da manhã
Você está tomando delicioso café da manhã e
acidentalmente o seu delicioso pão com manteiga cai, imagine qual parte do seu
pão ficará no chão...
Segundo a Lei de Murphy, "a probabilidade de o
pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do
carpete".
Segundo Edward Murphy,
quando você tem um pão, seja ele com manteiga, com geleia ou qualquer
outra coisa, ao deixá-lo cair, o lado da manteiga (ou outra coisa) deverá ficar
no chão.
Neste caso, teríamos o inevitável trabalho de
"limpar o chão", além de perder um pedaço ou todo o pão.
Podemos citar um trecho das variações da Lei de Murphy
"Se alguma coisa pode dar errado ela vai dar errado".
Além de todas estas explicações, a Lei de Finagle
também dá condições perfeitas para explicarmos mais este acontecimento:
"Se uma coisa pode dar errado, irá dar no pior momento possível".
Mas estas teorias não passam apenas de conspirações
cotidianas não?
Segundo Matthews, ganhar do prêmio IgNobel "Ao
despencar de uma mesa, a torrada nunca terá tempo de dar uma volta completa
assim atingirá o chão com a manteiga para cima. A distância entre a borda da
mesa e o solo só permite que ela dê meia-volta. Isso não tem nada a ver com
azar, com o fato de um lado da torrada estar coberto de manteiga ou com a ação
de algum gnomo invisível. É pura ciência básica. Se a distância entre o topo da
mesa e o chão fosse maior, o resultado seria diferente e é provável que o lado
da manteiga estaria salvo."
Novas experiências e sensações...
Já
experimentou um ménage a trois? O livro erótico Fantasias Gêmeas conta como
pode ser!
Já fantasiou sobre transar com dois homens ao mesmo
tempo? A publicação revela como o sexo a três pode ser orquestrado.
Publicado em 16/10/2013Reportagem: Bárbara dos Anjos
Lima e Tarsila Isabela - Edição: MdeMulherConteúdo NOVA
A melhor cena do livro
Jenna abriu a boca e lambeu Ryan da base até a ponta,
depois girou a língua ao redor da cabeça. Jake quase gemeu ao mesmo tempo em
que Ryan enquanto assistia a essa cena erótica.
Ele sabia que devia estar fulo, mas seus hormônios em
fúria e seu desejo de meter dentro da doce abertura de Jenna superava qualquer
emoção. Jenna apertou a bunda de Ryan, enfiando seu pau ainda mais para o fundo
de sua garganta. Enquanto ela se inclinava, Jake viu alguns cachos escuros
entre as penas dela.
Da estante
para a cama
Na vida real, não precisa sair procurando irmãos
idênticos, basta convencer seu parceiro a aceitar dividir o espaço com outro
cara. Ok, não é nada fácil. Mas vale insistir. A vantagem é sua, que vira o
centro das atenções de dois bonitões, mas eles também saem ganhando: um pode
penetrá-la enquanto você faz oral no outro; você pode ficar de quatro, baixar o
quadril para um deles chupá-la enquanto o outro a penetra; ou, para as mais
ousadas, tentar uma dupla penetração. Se a ideia não for muito agradável para
seu parceiro, use um vibrador ou pênis postiço para simulara existência do
segundo cara - e aí ele escolhe onde prefere penetrar.
Sempre à disposição...
Gente
submissa
Quem apaga a
própria personalidade comete alguma espécie escandalosa de suicídio
Falávamos, eu e o amigo, de uma mulher que ambos
conhecemos. Moderna, inteligente, bonita. Disponível, além de tudo. Pergunto
por que ele nunca tentou namorá-la. “Ao conviver com ela, perdi o interesse”,
ele responde. “Toda vez que namora, ela vira uma sombra obediente do sujeito
com quem está. Parece que não tem personalidade própria. Para mim, perdeu a
graça.”
Suponho que vocês conhecem gente assim, submissa.
Acontece com homens e mulheres. A pessoa passa a vida esperando por gente que
mande nela. Quando um alguém aparece, (e pode ser qualquer um), ela se anula,
se submete e se torna, para quem a conheceu, mais ou menos irreconhecível. Quer
dizer: é a mesmíssima pessoa, mas dá impressão de ter pendurado suas opiniões e
sentimentos num cabide. Apaixonada – ou apaixonado - age como bichinho
obediente e temeroso. O mais importante passa a ser a aprovação do Fulano ou a
Sicrana.
Homens legais não gostam desse tipo de alma apagada.
Suponho que mulheres também não. Alguma deferência aos desejos e às ansiedades
do parceiro está na conta (seria estranho, aliás, estar com alguém e portar-se
como se os sentimentos da pessoa não importassem). Mas quem deleta a sua
personalidade em nome do outro comete alguma espécie escandalosa de suicídio.
No longo prazo, o resultado é broxante. Nada mais inevitável do que enjoar de
gente sem luz própria, que está no mundo apenas para nos servir. Exceto,
talvez, no universo peculiar do sexo.
Outro dia, li um texto feminino que descrevia,
minuciosamente, os prazeres da submissão sexual. Não era sadomasoquismo.
Parecia uma moça normal, contando como lhe dava prazer curvar-se aos desejos do
parceiro, portar-se como gueixa, ser usada pelo seu homem. Não havia violência,
apenas irrestrita e libidinosa devoção. Mesmo não sendo minha praia, achei
tocante. Talvez nesse caso, se o parceiro curtir a mesma viagem, a submissão
não seja enjoativa. Até o contrário.
Mas sexo, apesar das ilusões conservadoras, não tem a
ver com caráter. A mesma moça que rasteja por prazer pode ser um mulherão
altivo e resoluto fora do quarto. Na intimidade vicejam fantasias
frequentemente opostas ao que se é no dia-a-dia: a personalidade dominante
encontra prazer em ser submissa; a tímida explode de excitação ao assumir o
comando do sexo. Ou tudo ao contrário e misturado. Lá no fundo, onde se
engendra o desejo, somos criaturas cheias de mistério.
Na vida em pé e vestida, haverá quem prefira uma
pessoa servil para servir-se, mas assumo que sejam as exceções. Relacionamentos
costumam ser melhor com duas personalidades envolvidas. É pelo menos mais rico.
As diferenças de tom e de andamento nos divertem. As discrepâncias de estilo, de
idade, de renda, de gosto e cultura formam uma colcha de retalhos sob a qual
dormimos enlaçados e nus. Nós e nossos sonhos separados. Nós e nossas lindas
personalidades fraturadas. Duas pessoas que se tornam uma apenas no mais fugaz
e elusivo dos momentos. Não parece muito, mas é tudo que temos.
Magoou...
Saber ouvir
críticas é essencial para crescer profissionalmente
Mesmo que a pessoa que te critica não tenha tato,
evite revidar sem antes refletir sobre o que foi dito.
Ninguém gosta de ter seus defeitos apontados. Por mais
que uma crítica seja realista, pontual e útil, muitas vezes, provoca desgosto,
decepção e revolta. Para algumas pessoas, o efeito é tão devastador que, em vez
de a qualidade do trabalho melhorar, acaba ficando ainda mais comprometida. No
entanto, quem busca encarar a crítica positivamente ou como um desafio a ser
superado tem mais chances de evoluir profissionalmente.
A resistência em enfrentar uma crítica, segundo a
psicóloga organizacional Izabel Failde, está ligada à dificuldade de constatar
que não somos "deuses". "É sinal de que mesmo os profissionais
mais perfeccionistas, equilibrados e controlados cometem falhas e demonstram
fragilidades", explica.
Para Hely Zavataro, docente de Psicologia
Organizacional e do Trabalho do curso de Psicologia da Unip (Universidade
Paulista), outra explicação é que nos preocupamos em manter uma imagem positiva
para nós mesmos e para os outros, com receio do que vão pensar a nosso
respeito. "E também resistimos ao que nos parece novo, como o fato de
termos que desenvolver algum outro comportamento diferente do que já estamos
acostumados".
A crítica também costuma doer quando a pessoa entende
que aquilo que ela fez –ou deixou de fazer– está fora dos padrões ou em
desacordo com o ponto de vista do outro. Para Elmano Nigri, presidente da
Arquitetura Humana, empresa especializada em gerenciamento estratégico de
pessoas, ouvir uma observação desfavorável incomoda sempre. "Não existe
essa história de 'vou fazer uma crítica construtiva'. É quem a recebe que vai
determinar se ela pode ser ou não construtiva", afirma.
Realidade cotidiana dos miseráveis...
Sem vaga
para a mãe com câncer, mulher dá tapa na cara de prefeito
Mulher diz ter sido ofendida após pedir atendimento em
Dumont (SP).
Idosa teve internação negada após 12 horas de espera,
alega filha.
Janete, de 48 anos, disse ter agredido prefeito após
pedir atendimento para sua mãe com câncer.
Janete disse ter agredido prefeito após pedir
atendimento para a mãe.
Uma mulher agrediu, com um tapa na cara, o prefeito de
Dumont (SP), Adelino da Silva Carneiro (PSD), na tarde de terça-feira (31),
alegando ter sido ofendida pelo chefe do Executivo por reivindicar melhor
atendimento para a mãe com câncer. Janete Dutra, de 48 anos, afirma que Maria
de Lourdes Oloco Camargo, de 78 anos, ficou por mais de 12 horas sem receber
atendimento e que foi tratada com descaso. Em nota, a Prefeitura informou que a
agressão ao prefeito não teve justificativa e que o atendimento foi oferecido à
paciente. Segundo a Polícia Civil, a mulher e o prefeito registraram boletim de
ocorrência e ainda serão ouvidos.
Janete relata que foi até a Prefeitura na terça-feira
depois que o caso de sua mãe, com câncer de laringe há três anos e problemas
pulmonares há quatro anos, foi encarado, segundo ela, com descaso pela unidade
mista de saúde da cidade. Ao cobrar melhor atendimento, ela alega ter sido
recebida com ofensas pelo prefeito. “Ele me atendeu na varanda da Prefeitura. Depois
da conversa, eu já estava indo embora quando ele me chamou de vagabunda.
Perguntei: 'o que você falou?'. Ele disse de novo: 'vagabunda!'. Aí eu dei um
tapa na cara dele. Ele ameaçou vir pra cima de mim, armou o braço, mas umas
pessoas que estavam trabalhando lá seguraram e o trancaram lá dentro”, diz
Janete, que após o ocorrido registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil
contra o chefe do Executivo por agressão verbal.
A moradora afirma que procurou falar com o prefeito
como última tentativa de conseguir internação para sua mãe com câncer na
unidade mista de saúde de Dumont. De acordo com ela, a busca começou no sábado
(26), quando Maria de Lourdes teria ficado 12 horas esperando até ter o
atendimento negado porque seu estado de saúde foi considerado terminal. “Minha
mãe não acordava, expelia uma secreção muito forte. Ela precisava de
atendimento. (...) Fui perguntar como funcionava para conseguir uma vaga em um
dos leitos e me disseram que minha mãe não foi internada porque ela não
aguentaria até segunda-feira (28).”
No início desta semana, Janete conta que, por um apelo
da família, a secretária de Saúde, Crisley Roberta Alves, e um médico visitaram
sua mãe em casa, mas, mais uma vez, trataram o caso como sem solução e não
ofereceram nenhuma assistência. “Eles chegaram na minha casa e o médico agachou
ao lado da minha mãe e perguntou se ela estava acordada. Depois começou a dizer
que ela estava cansada, que estava muito doente e que ela iria descansar em
breve do outro lado, que algo muito bonito esperava por ela. Depois que ele
soube que ela luta contra o câncer há três anos, me deu os parabéns e disse que
ela tinha superado as expectativas. Depois, deu as costas e foi embora”, afirma
Janete.
A filha alega que pediu ajuda à secretária, mas esta
teria a aconselhado a não dar mais soro, nem levá-la ao hospital, pois não
havia mais o que fazer. “Minha mãe está em uma situação irreversível. Eu sei
disso, os atendimentos que fazemos são paliativos. O que quero é amenizar a dor
e seu sofrimento. (...) Hoje minha mãe deu resposta muito boa, abrindo o olho,
conseguiu se sentar. Queria que vissem como minha mãe melhorou."
Prefeitura
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de
Dumont informou que o atendimento à paciente Maria de Lourdes foi realizado
normalmente e que Adelino da Silva Carneiro foi agredido sem justificativa. A
administração municipal alega que, em
nenhum momento, o prefeito tentou revidar a agressão. A Prefeitura informou
ainda que “tomará as medidas cabíveis contra a agressora”.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Refletir...
“Atenção
ao que pensas, está na raiz do que fazes.”
Provérbio
Chinês
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/6/
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Advérbios interrogativos
Os advérbios
interrogativos, em termos de aplicabilidade, são utilizados em interrogações
diretas e indiretas.
Os advérbios
interrogativos são utilizados em interrogações diretas e indiretas.
Falar sobre
os advérbios significa dar ênfase a uma das classes gramaticais que compõe
todas aquelas dez prescritas pela gramática. No que diz respeito à função que
ele desempenha, cumpre dizer que, teoricamente, modifica a circunstância
expressa pelo verbo, podendo tal circunstância ser de modo, lugar, intensidade,
afirmação, negação, entre outras peculiaridades. Vejamos, pois, dois exemplos
para que melhor se ajustem os referidos conceitos:
Patrícia
chegou ontem.
↓
↓
Verbo Advérbio de tempo
Eles se
cumprimentaram carinhosamente.
↓ ↓
Verbo Advérbio de modo
Outro aspecto
que também pode ser atribuído à classe em questão diz respeito ao fato de não
haver possibilidade de flexão, aspecto esse que torna o advérbio uma classe
concebida como invariável.
Pontuados
então tais pormenores, partamos agora para o estudo de mais uma das
particularidades que também se inserem no estudo em questão, uma vez que entre
elas estão os advérbios interrogativos. Eles, tomados no sentido estrito da
palavra, são empregados em interrogações diretas e interrogações indiretas.
Dadas essas razões, eis a necessidade de conhecê-los de forma particular:
* Onde –
confere, sem sombra de dúvidas, uma ideia de lugar:
Onde se
localiza a biblioteca do colégio? – forma direta
Gostaria de
saber onde se localiza a biblioteca do colégio. – forma indireta.
* Como –
expressa uma ideia de modo:
Como está se
sentindo depois das novas mudanças que aqui se operaram? – forma direta
Desejo saber
como está se sentindo depois das novas mudanças que se operaram. – forma
indireta
* Quando –
confere, portanto, uma ideia de tempo:
Quando
chegarão as encomendas dos últimos clientes?
- modo direto
Preciso saber
quando chegarão as encomendas dos últimos clientes. – modo indireto
* Por que –
expressa uma ideia relacionada à causa:
Por que não
compareceu à reunião? – forma direta
Gostaria de
saber por que você não compareceu à reunião. – forma indireta.
História...
Civilização Chinesa
Historiadores
baseados em documentos antigos afirmam que a civilização chinesa possui mais de
quatro mil anos de idade, estes registros atestam a condição de uma das mais
antigas e importantes civilizações de todo o mundo. Os registros mais remotos
do povo chinês comprovam a sua formação múltipla marcada pela influência de
vários povoados que habitaram pioneiramente o território e estabeleceram-se nas
proximidades do rio Amarelo. A Civilização chinesa foi responsável pela criação
de importantes invenções. Até o século XV, os chineses ocuparam posição
destacada na produção intelectual e tecnológica. São eles os inventores da
pólvora, do compasso, das primeiras prensas e da medicina. Entretanto, na Idade
Contemporânea, a superioridade do Império Chinês foi abalada pelo contato com
as nações europeias envolvidas no processo de expansão da economia industrial.
Durante o século XIX, a ação imperialista acabou estabelecendo uma série de
conflitos que colaboraram para um novo período da história chinesa. Os chineses
então modernizaram suas instituições e, hoje, ocupam a categoria de potência
mundial.
China
A China era
habitada desde os tempos pré-históricos. No início do Período Neolítico,
agricultores estabeleceram-se no vale do rio Amarelo (Huang-Ho). Por volta de
3000 a.C., já havia comunidades agrícolas sofisticadas no território chinês.
Por volta de 1600 a.C., constituiu-se a primeira dinastia chinesa – a Shang.
Além da
avançada agricultura, esse povo construiu palácios de madeira e desenvolveu a fabricação
de objetos em bronze e em porcelana.
Poucas
culturas despertam tanta curiosidade quanto a chinesa. Arqueólogos,
historiadores, outros estudiosos e turistas visitam constantemente o país na
tentativa de desvendar seus mistérios. E mistério é o que não falta na história
desse povo milenar.
A China é uma
das civilizações mais antigas do mundo, juntamente com o Egito, a Mesopotâmia,
a Pérsia, a Índia e a Grécia. Diversos objetos inventados na China antiga ainda
hoje fazem parte do nosso cotidiano: o jogo de xadrez, os papagaios ou pipas de
empinar, a bússola, a porcelana, a pólvora, os fogos de artifício, o
guarda-chuva, o papel, a imprensa, produtos e técnicas medicinais como a
acupuntura.
Os chineses
eram conhecidos por sua grande preocupação com a saúde. Uma prova disso é que
na Antiguidade o curso de medicina era muito procurado pelos jovens. Segundo a
tradição, se alguém recebia seu corpo como uma dádiva dos pais, era sua
obrigação protegê-lo contra doenças. Os exercícios corporais sempre foram muito
valorizados pelos chineses, como forma de manter o corpo e a saúde mental em
perfeitas condições.
Havia
exceções a essa regra, como a prática, muito difundida entre os chineses, de
cortar parte do corpo (pernas, braços, etc.) para ser usada no preparo de uma
sopa medicinal, que era servida aos pais quando ficavam doentes.
Localização
A China
situa-se na parte leste da Ásia. A China é terceiro maior país do mundo depois
da União Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União
Soviética, a leste pela União Soviética, Coréia do Norte, mar Amarelo e mar da
China Oriental; ao sul pelo mar da China do Sul, pelo Vietnã do Norte, Laos,
Birmânia, Índia, Butão, Silkim, Nepal e Paquistão Ocidental; a oeste pelo
Afeganistão e União Soviética.
Dois terços
da China são montanhosos ou semidesérticos. A sua parte oriental é formada por
férteis planícies e deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas é Hainan, na
costa meridional. Os rios principais são: Amarelo, Amur e Yu.
A China tem
uma área de 9.596.961 Km2 e uma população superior a 1.300.000.000 de
habitantes. Sua capital é Pequim. São cidades principais: Xangai, Pequim,
Tientsin, Luta, Shenyang, Cantão, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses são han
e 11% de chuangs.
A agricultura
é a base da economia. Os chineses plantam arroz, trigo, cevada, soja, painço,
algodão, chá e tabaco. Há também grandes reservas de carvão, ferro, cobre,
chumbo e outros minerais.
O Império do
Meio: o início da grande civilização
Em 1929, o
arqueólogo chinês Pei Wenzhong encontrou na aldeia de Zhoukoudian, perto de
Beijing ou Pequim, atual capital da China, um crânio humano que datava de
aproximadamente 500 mil anos. Esse crânio pertencia ao gênero Homo erectus, que
viveu em regiões da África, da Ásia e da Europa entre cerca de 1,8 milhão e 300
mil anos atrás. O arqueólogo batizou o seu achado de “Homem de Pequim”.
Estudando
esse fóssil e outros indícios encontrados na região, os pesquisadores
concluíram que o Homo erectus chinês vivia em cavernas e produzia artefatos de
pedra polida, utilizava o fogo para cozinhar os alimentos e proteger-se do
frio. Vivia da caça, da pesca e da coleta de frutos das florestas. Tudo indica
que os primeiros chineses tinham vida semelhante à dos demais povos do
Paleolítico.
Sabe-se
também que, há cerca de 6 mil anos, em Yangzhou, na região fértil do Rio
Amarelo, desenvolveu-se uma cultura neolítica
de agricultores e criadores de animais domésticos (cães e porcos). Ali
também eram fabricados potes e vasos de cerâmica para armazenar os alimentos.
Esses objetos de cerâmica eram ricamente decorados com símbolos que, pelo que
parece, deram origem à escrita chinesa.
Vaso em
cerâmica, um dos principais traços da cultura material chinesa
Fragmentos
O povoamento
do vale do Rio Amarelo (Rio Hoang-Ho) se explica pela fertilidade do solo,
favorável a pratica da agricultura, principalmente o cultivo do arroz. Durante
centenas de anos a enchentes do rio e os
ventos do deserto vinham depositando na terra uma camada de argila amarelada,
conhecida como loesse, que deu ao rio um tom amarelado e o nome. Precedendo que
o loesse era um eficiente fertilizante do solo, os chineses fixaram-se nas
planícies às margens do rio, onde iniciaram o cultivo da terra. Para melhor
aproveitar os recursos naturais da região, os chineses construíram canais de
irrigação e diques para controlar as cheias. Essa prática é semelhante à que os
egípcios antigos desenvolveram aproveitando as enchentes do Nilo.
Essas
pequenas aldeias agrícolas deram origem a povoados, que mais tarde se
transformaram em pequenos Estados
governados por chefes políticos. Posteriormente, alguns desses pequenos Estados
foram dominados por outros, fazendo surgir reis poderosos e respeitados. O
poder passou a ser transmitido de pai para filho (poder hereditário), dando
origem ao que chamamos de dinastias.
A família e
aspectos culturais da China
Para a
maioria dos chineses, e durante a maior parte da história da China, a família
era o centro da vida social, e a devoção a ela era considerada uma grande virtude. Os pais sentiam-se responsáveis pela
transmissão dos ensinamentos que vinham dos antepassados para seus filhos, como
preservar a propriedade familiar.
As famílias
chinesas eram muito numerosas. Geralmente os parentes viviam na mesma casa
(pai, mãe, filhos, avós, netos, tios), reunindo muitas vezes três ou quatro gerações.
Para uma
mulher casada, a maior virtude era a fidelidade, e isso também valia caso ela
enviuvasse. Entretanto não era ilegal que uma mulher se casasse depois da morte
do marido, o que de fato era até comum, por causa das dificuldades econômicas. No
entanto, isso era visto como uma prática moral inferior. De acordo com a crença
popular, a mulher que casasse em segundas núpcias seria considerada, depois de
morta, um fantasma na família dos maridos.
Na China, os
meninos recebiam tratamento diferenciado,
uma vez que eram considerados os futuros chefes das famílias. Quando
completavam 20 anos de idade, tinham seus cabelos cuidadosamente presos no alto
da cabeça e protegidos por um gorro. Os casamentos eram normalmente arranjados
entre famílias e, depois de casada, a mulher mudava-se para a casa do marido.
Os imperadores chineses costumavam casar suas filhas com membros das famílias
reais dos povos vizinhos e, assim, protegiam suas fronteiras.
Os meninos e
meninas podiam freqüentar as escolas. A sociedade chinesa sempre deu muita
importância para a educação. Mesmo as crianças mais pobres recebiam instrução,
muitas vezes da própria família.
A educação
das meninas tinha o objetivo de prepará-las para as tarefas do lar, como bordar
e costurar. Para os meninos, o objetivo central era prepará-los para concorrer
ao cargo de funcionário real, que era escolhido pelo próprio imperador. Se
fossem escolhidos, os rapazes teriam uma situação privilegiada dentro do
Estado.
As cidades
chinesas
Desde os
primórdios as cidades chinesas foram densamente povoadas. Chang-an foi uma das
mais famosas cidades da China na Antigüidade.
Por volta do
século VII a.C., Chang-an já possuía 1 milhão de habitantes. Os tipos de
moradias variavam de acordo com as condições sociais de cada um. Os nobres e os
ricos comerciantes viviam perto dos palácios e a população empobrecida
amontoava-se nas periferias das cidades. As melhores moradias tinham mais de um
andar, eram cobertas com telhas e decoradas com cuidado e harmonia. Os
trabalhadores urbanos e os camponeses habitavam casas pequenas, com pouca
ventilação, cobertas por bambu.
A alimentação
das camadas privilegiadas era rica e variada: carnes, ovos, cereais e vegetais.
A comida era servida em belas vasilhas de porcelana, e como talheres utilizavam
pauzinhos, feitos de bambu ou madeira. Para os pobres a comida quase sempre era
insuficiente. Geralmente alimentavam-se de um cozido de vegetais. Nas regiões
onde havia muitos arrozais (vale dos rios Hoang-Ho e Yang Tse-Kiang, no sudeste
da China), a alimentação era acrescida de uma tigela de arroz.
Bebida
alcoólicas e chás eram apreciados pela população. Os banquetes organizados
pelos nobres eram servidos em belas jarras decoradas com ornamentos de ouro,
bronze ou prata.
Religião na
China
Não havia
somente uma religião na China, mas várias, e constituídas de filosofias
diferentes.
Uma das mais
conhecidas filosofias religiosas da China foi criada por Confúcio (ou Kung
Fu-tzu, “Mestre Kung”), que viveu aproximadamente de 551 a 479 a.C. Confúcio
era considerado o maior professor do império, sendo adorado em vários cantos do
território. Seus ensinamentos falavam de ética e dos ritos de passagem de uma etapa da vida a outra, como nascimento,
o casamento e a morte.
As idéias de
Confúcio valorizavam a busca do
equilíbrio e a harmonia para uma vida melhor. O conjunto de seus ensinamentos
recebeu o nome de confucionismo. Essa filosofia religiosa, que até hoje é muito
difundida na China, não pregava a adoração de um deus, mas o humanismo e as
boas relações entre as pessoas. A regra fundamental de Confúcio dizia: “O que
não queres que façam a ti, não faças aos outros”.
Outra
importante manifestação religiosa continua sendo o budismo (linkar para budismo/religiões),
originado na Índia, e que se expandiu na China a partir do século III d.C.
As religiões
populares eram festivas e reuniam muitos seguidores. As famílias cultuavam os
deuses nas festas anuais e nas oferendas aos antepassados. Acreditavam que os
espíritos dos antepassados protegiam o lar e, por isso, reservavam um dos
aposentos da casa para lhes servir de moradia. Em certas datas do ano, como
aniversário ou morte do antepassado, os familiares o homenageavam.
A maior
religião popular da China foi o taoísmo (linkar para religiões). Suas teorias
foram criadas pelo pensador Lao-tsé, que viveu por volta do século VI a.C.
Segundo Lao-tsé, o Tao seria criador do mundo e responsável pela ordem de todas
as coisas e de todas as pessoas. O taoísmo ganhou muitos adeptos entre as
camadas populares ao pregar que todos os que levassem uma vida muito miserável
e sofrida na Terra poderiam alcançar uma vida melhor pós a morte, pela fé e
pela purificação.
Segundo
Lao-tsé, toda a natureza é regida pelo equilíbrio das energias yin (energia
negativa e feminina) e yang (energia positiva e masculina), os opostos que se
complementam. E o corpo humano é parte desse conjunto. A oposição entre as
energias yin e yang pode explicar fenômenos que ocorrem em nosso corpo: se em
harmonia, essas energias promovem a saúde; se em desequilíbrio, a doença.
Divindades de
origem Taoísta
·Os Três Puros — Os Três Puros são a
trindade Taoísta de deuses representando os princípios supremos.
·Quatro Imperadores — Reis celestes
do Taoísmo.
Imperador de
Jade — O Imperador de Jade é o governante supremo de tudo, contado entre as
principais divindades Taoístas.
Beiji
Dadi — Governante das estrelas.
Tianhuang
Dadi — Governante dos deuses.
Imperatriz da
Terra
· Xi Wangmu ou Rainha Mãe do Oeste é
a deusa que detém o segredo da vida eterna e a entrada para o paraíso.
· Pak Tai ou Bei Di é o Deus Taoísta do Norte, Pak Tai é um dos Cinco
Imperadores que desde a Dinastia Han são associados a cada um dos pontos
cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro) segundo a teoria dos Cinco
Elementos. Em Hong Kong e Macau, são considerados divindades do vento. Pak Tai
é também o deus das águas.
·Oito Imortais: Os Oito Imortais são uma crença Taoísta
descrita pela primeira vez na Dinastia Yuan. O poder de cada Imortal pode ser
transferido para uma ferramenta que pode dar vida e destruir o mal. A maioria
nasceu nas Dinastias Tang ou Sung. Eles não só são venerados pelos Taoístas
como são elementos da cultura chinesa. Vivem na Montanha Penglai.
Divindades de
origem Budista
·
Guan Yin ou Kuan Yin é a deusa da compaixão e piedade.
·
Hotei é uma divindade budista popular. Deus da alegria e fortuna.
·
Dizang é aquele que salva da morte.
·
Yanluo é o governante do Inferno (forma abreviada do sânscrito Yama Raja
·
Shi Tennô: Os Quatro Reis
Celestes são deuses guardiões budistas.
Outras
divindades
· Erlang Shen é um deus chinês com um
terceiro olho na testa que vê a verdade.
· Lei Gong o deus do trovão.
· Guan Yu é o deus das irmandades,
das artes marciais e, quando estas ocorrem, também deus da guerra.
· Zhao Gongming, deus da fortuna que
monta um tigre.
· Bi Gan também é um deus da fortuna.
· Zhu Rong é o Deus do fogo.
· Gong Gong é o Deus da água.
· Chi You: Deus da guerra e inventor
das armas de metal.
Mitologia
chinesa
Os
historiadores supõem que a mitologia chinesa tem início por volta de 1100 a.C.
Os mitos e lendas foram passados de forma oral durante aproximadamente mil anos
antes de serem escritos nos primeiros livros como o Shui Jing Zhu e o Shan Hai
Jing. Outros mitos continuaram a ser passados através de tradições orais tais
como o teatro e canções, antes de serem escritos em livros como no Fengshen
Yanyi.
Pássaros
Fenghuang.
Fenghuang — O
Fenghuang é considerado a fênix chinesa.
Jian: A Jian é uma ave mítica que se acredita só
tenha um olho e uma asa: um par dessas aves depende um do outro, é inseparável,
daí, representar o marido e a mulher.
Jingwei: Jingwei é o pássaro mítico que tenta encher o
oceano com gravetos e seixos. Na verdade o Jingwei era a filha do Imperador
Yandi, mas morreu jovem, afogada no Mar do Leste. Após sua morte ela decidiu
renascer como um pássaro para vingar-se do mar trazendo gravetos e seixos das
montanhas próximas tentando enchê-lo a fim de evitar que sua tragédia aconteça
a outros.
Jiu Tou Niao:
É uma ave de nove cabeças usada para assustar crianças. Conta à lenda que ela
seqüestra jovens meninas e as leva para sua caverna onde ficam até ser salvas
por um herói.
Su Shuang é
uma ave mitológica, também descrita como uma ave aquática.
Peng: A Peng é uma ave mitológica gigante e de
impressionante poder de vôo.
Zhu — A ave
Zhu é tida como um mau presságio.
Dragões
O dragão
chinês é uma das criaturas mais importantes da mitologia chinesa. É considerada
a mais poderosa e divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas
as águas. O dragão simbolizava grande poder e era apoio de heróis e deuses. Um
dos mais famosos na mitologia chinesa é Yinglong. Diz-se ser o deus da chuva.
Pessoas de diferentes lugares rezam para ele a fim de receber chuva. Na
mitologia chinesa, acredita-se que os dragões possam criar nuvens com sua
respiração. O povo chinês usa muitas vezes a expressão "descendentes do
Dragão" como um símbolo de sua identidade étnica.
Yinglong — é
um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudou um homem
chamado Yu a parar uma enchente do Rio
Amarelo abrindo canais com sua cauda.
Reis Dragões
— Os reis dragões são os quatro governantes dos quatro oceanos (cada um
corresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palácios de cristal no fundo do
mar de onde governam a vida animal.
Fucanglong —
é um dragão do mundo subterrâneo que guarda os tesouros enterrados. Sua saída
da terra provoca a erupção de vulcões.
Shenlong — é
um dragão que pode controlar os ventos e as chuvas.
Dilong — é o
dragão da terra.
Tianlong —
Tianlong são os dragões celestiais que puxam as carruagens dos deuses e guardam
seus palácios.
Li — O Li é
um dragão dos mares menor. Não tem chifres.
Jiao — O Jiao
é outro dragão sem chifre que vive em pântanos. O dragão mais inferior.
Desenvolvimento
econômico
O comércio da
seda foi uma das atividades mais lucrativas para os chineses. No século I d.C.,
o Império Romano tornou-se um dos maiores consumidores do produto. A seda era
transportada geralmente por terra, e o caminho mais conhecido era aquele que
atravessava o Deserto de Góbi, as terras dos atuais Cazaquistão e Turquia, até
chegar a Roma. Esse trajeto era conhecido como rota da seda.
Quando os
chineses desenvolveram as técnicas para a produção da seda, grande parte da
população passou a se dedicar a essa atividade. A seda era muito utilizada na
confecção de roupas para os imperadores e nobres, e, em ocasiões especiais,
para decorar painéis e faixas com dizeres festivos ou fúnebres.
Gradualmente
a produção da China estendeu-se por toda a Europa, onde o tecido delicado e
caro era muito apreciado. Entretanto a seda só foi industrializada na
Inglaterra no século XV. Atualmente a China ainda produz a melhor seda do
mundo.
O
desenvolvimento científico
Os estudiosos
chineses, que dominavam tecnologias avançadas para a época, desenvolveram
vários instrumentos que ainda hoje são muito úteis, como a bússola magnética, o
sismógrafo (que mede a intensidade dos tremores de terra) e o compasso. Já no
século II d.C., Zhang Heng construiu um globo celeste. Em 1088 Han Gonglian
projetou o primeiro relógio astronômico movido a água do mundo. Os chineses
também deram uma grande contribuição
para os estudos de astronomia e aritmética.
Bússola Sismógrafo
Globo celeste
de Zhang Heng
Inúmeros
objetos e utensílios de bronze da dinastia Shang (1500-1027 a.C.) encontrados
por arqueólogos, e que se encontram expostos em museus, comprovam a riqueza da
antiga arte chinesa. O bronze era usado na confecção de objetos que seriam utilizados nas cerimônias reais e religiosas e não na fabricação de
instrumentos agrícolas, como ocorria na Europa.
Jarro da
dinastia Shang Caixa de
laca vermelha imitando um jarro utilizado em rituais
Os artesãos
tinham papel de destaque na China antiga. Eram contratados pelo rei para
confeccionar objetos de uso pessoal e adornos, tecidos para a roupagem da
família imperial e para funcionários reais.
Os chineses
consideravam o jade a pedra mais valiosa de todas e, por essa razão, era muito
usada para fazer adornos e objetos.
A escrita
chinesa
Os mais
antigos registros escritos da China de que se tem notícia foram encontrados na
cidade de Anyang, no leste da China, gravados em pedaços de ossos de animais e
em cerâmicas. Alguns sinais utilizados como escrita podiam ser facilmente
relacionas ao Sol, representados por um circulo com um risco no meio, e ao
cavalo, representado por um desenho do animal.
Como podemos
perceber a escrita chinesa, como a de outras civilizações, é ideográfica, ou
seja, os símbolos expressam idéias. A escrita moderna chinesa é um
aperfeiçoamento do modelo antigo.
Corrigir a ortografia
do século 2 DEPOIS de cristo
A escrita
chinesa e seus símbolos equivalentes ao nosso alfabeto.
Organização
social chinesa: Imperadores, mandarins, grandes proprietários e camponeses
Os
imperadores tinham a função de manter o equilíbrio e a harmonia entre os dois
mundos: o natural (dos vivos) e o
sobrenatural (dos mortos). Acumulavam funções administrativas, religiosas e
sociais.
Julgar a
capacidade do imperador era
responsabilidade do Céu e nem sempre ela estava relacionada com as tarefas
cumpridas na Terra.
E como saber
se o imperador estava agradando ao Céu?
A sociedade
chinesa acreditava que os deuses se manifestavam na natureza e na vida social.
Revoltas populares, perturbações naturais (catástrofes, secas, inundações),
invasões de povos estrangeiros eram sinais divinos de que o imperador deveria
ser substituído por outro a qualquer momento.
Durante a
dinastia Chin (221 – 206 a.C.) a China transformou-se em um Estado unificado,
com o poder centralizado na figura do imperador. Como parte das medidas tomadas
para fortalecer o poder real, surgiram mandarins, funcionários que controlavam
a administração do estado, organizando o calendário das atividades reais, a
construção de estradas, diques, barragens e obras públicas, e zelando pela
justiça e segurança da sociedade. Os mandarins eram muito importantes, pois
praticamente administravam o Estado. Por isso, desde cedo os meninos da nobreza
eram preparados para exercer essa função.
A dinastia
Chin ficou conhecida também pela construção da Muralha da China, com mais de
2.500 quilômetros de comprimento.
A Grande
Muralha da China
A produção
agrícola estava nas mãos de grandes e médios proprietários de terras. Existiam
também grupos de camponeses que arrendavam, com suas famílias, as terras do
governo, onde criavam animais e plantavam. Essas pessoas trabalhavam
arduamente: além de sustentarem a família, tinham de pagar altos tributos pelo
arrendamento das terras.
Curiosidades
Sozinha, a
China tem duas vezes mais gente do que a Europa inteira.
1,2 bilhões
de pessoas, este é o número estimado de habitantes (pessoas registradas) pelo
último CENSO.
Um em cada
cinco habitantes do planeta vive na China, um quinto da população mundial.
Se o mundo
fosse uma única rua, um em cada quatro dos seus vizinhos seria chinês.
Se você
morasse na China neste momento estaria dividindo o cômodo que ocupa em sua casa
com mais 7 pessoas.
Por causa da
superpopulação, cada casal só pode ter um filho. Mas, se o primeiro for menina,
pode-se tentar de novo.
Com quase
3.000 km de extensão, a Muralha da China, única obra feita pelo homem que pode
ser vista do espaço, começou a ser construída em 200 A.C. e completa atualmente
2200 anos de vida. Sua construção envolveu mais de um milhão de pessoas, muitas
das quais morreram ali mesmo.
Sua
imponência começa pelo aspecto visual e termina na prática, pois em alguns
trechos de suas descomunais escadarias, o visitante só consegue subir os
degraus de quatro, com as mãos no chão.
Li ou Lee
(forma inglesa) é o sobrenome mais comum do mundo. Só na China existem 87
milhões deles.
O célebre
Livro Vermelho de Mao, espécie de cartilha do comunismo chinês, atualmente só serve
para ser vendido aos turistas nos portões da Praça da Paz Celestial, onde a
figura de Mao Tse Tung ainda brilha.
Na China, as
ruas são extensões da casas. Ali os chineses comem, dormem, cortam o cabelo,
fazem massagem, Tai-Chi-Chuan e até dançam.
Dentro da
China existem várias nações. Algumas inteiras, como é o caso do Tibete e
algumas minorias (mongóis, turcos, cazaques, tibetanos, etc.). São por volta de
55 grupos diferentes, ou seja, 60 milhões de chineses não são tão chineses
assim - 60 milhões! Mais do que uma França ou duas Argentinas! Na China até as
minorias são exageradas.
Imaginar que
um país tão grande assim (o terceiro maior do mundo só atrás da Rússia e do
Canadá) tenha a mesma geografia de norte a sul é o mesmo que generalizar que no
Brasil só existe selva. É um erro grosseiro. Tanto das curiosas formações
rochosas de Guilin, no oeste do país, quanto da maior de todas as montanhas - o
Monte Everest - a China tem várias faces em sua geografia.
Cobras,
ervas, ratos, morcegos. Tudo cura na milenar medicina chinesa. Lagartos
ressecados, por exemplo, são bons para tosse comprida, pedra nos rins e até
mesmo impotência.
A Fênix é uma das criaturas mágicas da
mitologia chinesa. Dizem que só aparecia quando o país era governado por um bom
imperador.
As pétalas de uma Datura sagrada representam
as cinco pontas da estrela.
O cervo e o alto funcionário: símbolos de
prosperidade.
Por ser o BOI o animal que mais ajuda na
lavoura, puxando o arado e a carroça, a maioria do povo chinês considera pecado
comer sua carne.
"Um faz dois, dois fazem três, de três
nascem as dez mil coisas." Foi assim que Lao Tsé condensou a cosmologia
chinesa. DEZ MIL é a expressão que simboliza o todo e a imortalidade.
O sapo e a rã
são símbolos de longevidade.
A arte de
empinar pipas é tradicional na China.
O morcego é
um símbolo de felicidade, e cinco morcegos juntos representam: longevidade,
saúde, fortuna, amor à virtude e morte natural.
Um quarto dos
crimes previstos no Código Penal é punido com a morte, incluindo delitos menores
como envenenar gado ou difundir pornografia.
Os chineses
são muito supersticiosos. Os andares 4, 14 e 24 de muitos prédios não existem,
porque o ideograma do 4 é parecido com o da morte. Celulares terminados em 4 ou
com muitos 4 são bem mais baratos, e muito utilizados por estrangeiros.
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