Não deixe meu amor ser chamado
idolatria,
Nem minha amada, de meu ídolo,
Pois todos os meus cantos e
versos são apenas
Para ela, sempre sobre ela, e
muito mais ainda.
Amável é meu amor, hoje e
amanhã,
Sempre constante em maravilhoso
espanto;
Portanto, meu verso, preso à
constância,
Ao dizer uma coisa, entrevê
outra.
Bela, gentil e verdadeira, é
tudo o que digo,
Bela, gentil e verdadeira, dito
com tantas palavras;
E, nesta alternância, uso a
minha mente,
Três em um, que suporta a
soberba visão.
Bela, gentil e verdadeira
sempre viveram sozinhos,
Pois, juntos, até hoje, jamais
existiram em alguém.
http://sonetosdeshakespeare.blogspot.com.br/2009/07/soneto-105-nao-deixes-meu-amor-ser.html
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