segunda-feira, 30 de abril de 2012

Devanear...



SONETO 123

Não! Tempo, não te regozijarás porque envelheço:

Tuas pirâmides erguidas com nova força

A mim não assustam, nem surpreendem;

São apenas visões de velhos lugares.

Nossos dias são breves e, portanto, admiramos

O que tu nos impõe que envelheceu;

E preferimos tê-los conforme nosso desejo,

A conhecê-los somente por suas lendas.

Desafio tanto as histórias quanto a ti,

Sem me importar com o passado ou o presente;

Pois teus livros e o que vemos ambos mentem,

Feitos, mal e mal, em tua contínua pressa:

Isto eu juro, e assim será sempre,

Serei verdadeiro, apesar de ti e tua longa foice.

http://sonetosdeshakespeare.blogspot.com.br/2009/07/soneto-123-nao-tempo-nao-te-regozijaras.html

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