Volume
de moedinhas que estão fora de circulação é de mais de R$ 500 milhões
Ao todo os
brasileiros têm mais de cinco bilhões de em moedas guardadas em cofres,
esquecidas nos fundos de gavetas ou simplesmente perdidas.
A cada quatro moedas emitidas desde o início do Plano
Real, uma deixou de circular.
A cada quatro moedas emitidas pela Casa da Moeda desde o início
do Plano Real, uma deixou de circular. Pesquisa inédita do Banco Central mostra
que atualmente 27% do dinheiro brasileiro em metal está parado: há 5,134
bilhões de moedas fora de circulação. Isso quer dizer que brasileiros têm R$
508,3 milhões depositados em cofres ou perdidos no fundo das gavetas ou no
canto do sofá.
"Os números são impressionantes", diz o diretor de
Administração do Banco Central, Altamir Lopes, ao apresentar a pesquisa. Se o
BC quisesse emitir todas os mais de 5 bilhões de moedas que deixaram de
circular, o Brasil teria de gastar R$ 1,1 bilhão para produzi-las. "Isso é
significativo para o País e o custo é pago pela sociedade", disse.
Altamir explica que aproximadamente 5% de todas as moedas
produzidas anualmente saem de circulação porque estacionam depositadas em
porquinhos ou simplesmente porque foram esquecidas. Nos Estados Unidos, a taxa
do chamado "entesouramento" das moedas é parecido. No México, o número
é maior: 10%.
O principal vilão das moedas que sumiram aparentemente é o
pacato cofrinho. Mas, apesar disso, Altamir não quis comprar briga com os
porquinhos. "O cofrinho é um instrumento importantíssimo para a educação
financeira, é uma das primeiras noções econômicas para passar aos filhos. Mas
também é importante que os pais passem o dinheiro para o banco e depositem de
tempos em tempos", sugere o diretor do BC.
"Porque a moeda em cofrinho não rende nada. Se estiver na
poupança, significa que o poder de compra da moeda será preservado e ainda há
um rendimento", diz. "No cofrinho, não rende nada".
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