quinta-feira, 26 de abril de 2012

Viva a sabedoria...


Introdução à Filosofia, de B. Mondim (sobre o Socialismo Marxista)
Karl Marx (1818 - 1883) fundador do socialismo científico, propõe-se a fundir uma sociedade em que seja abolida a exploração do homem pelo homem e onde a todos seja assegurada a satisfação de suas necessidades materiais e espirituais (Comunismo).

Marx vê na posse privada dos meios de produção o princípio de todo o mal, não só o econômico, mas também o individual e social. Dessa privatização nasce a relação salarial pela qual o operário vende o próprio trabalho, por um salário sobre o qual o empresário lucra injustamente a "mais-valia", isto é, o lucro. Segundo ele a luta de classe, isto é, a luta pela conquista da propriedade coletiva dos meios de produção por parte do proletariado explorado pelos capitalistas é um fato inelutável da história, que deve conduzir a eliminação da classe patronal. Suprimida essa última, nascerá um novo tipo de humanidade, sem classes nem egoísmos: homens que viverão numa sociedade de homens "comuns", voltados para o bem dos outros, talvez até mais do que para o seu próprio.

Marx lançou em 1848, uma conclamação a todos os operários com o "Manifesto do Partido Comunista", assinado também por Engels, no qual o proletariado era chamado a tomar consciência da própria condição e da própria individualidade, para tornar-se uma força social contra a exploração.



A Náusea, de Sartre
Raramente um homem sozinho sente vontade de rir. Incomoda-me estar só. Gostaria de falar com alguém sobre o que está me acontecendo, antes que seja tarde demais, antes que eu comece a assustar os garotinhos. Nunca como hoje tive o sentimento tão forte de ser alguém sem dimensões secretas, limitado a meu corpo, aos pensamentos superficiais que sobem dele como bolhas. Construo minhas lembranças com meu presente. Sou repelido para o presente, abandonado nele. Tento em vão ir ter com o passado: não posso fugir de mim mesmo.Para que o mais banal dos acontecimentos se torne uma aventura, basta que nos ponhamos a narrá-lo. Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começo. Os dias se sucedem aos dias, sem rima, nem solução: é uma soma monótona e interminável. De quando em quando, chega-se a um total parcial, dizendo: faz três anos que viajo, três anos que estou em Bouville. Também não há fim: nunca deixamos uma mulher, um amigo, uma cidade, de uma só vez. E todos os lugares se parecem: Xangai, Moscou, Argel, ao fim de uma quinzena é tudo igual. Por alguns momentos - raramente - avaliamos a situação, percebemos que nos envolvemos com uma mulher, que nos metemos numa confusão. Por um átimo. Depois disso o desfile recomeça, voltamos a fazer as contas das horas e dos dias. Segunda, terça, quarta. Abril, maio, junho. 1924, 1925, 1926. [...]?

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