quarta-feira, 25 de abril de 2012

Devanear...



SONETO 116

Não há empecilhos quando mentes

Verdadeiras se afeiçoam. O amor inexiste

Quando se altera por qualquer motivo,

Ou se curva sob o ímpeto apressado:

Ah, não! É um olho inabalável,

A mirar as tempestades sem se alterar;

É a estrela-guia de todo barco à deriva,

Cujo valor se desconhece, embora alta viva sobre o mar.

O amor não serve ao Tempo, embora as róseas faces e lábios.

Cedam ao arco de sua longa foice;

O amor não se altera com suas breves horas e dias,

Mas sustenta-se firme até o fim das eras.

Se tudo que eu disse se provar um engano,

Jamais escrevi, nem amou qualquer humano.

http://sonetosdeshakespeare.blogspot.com.br/2009/07/soneto-116-nao-ha-empecilhos-quando.html

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Mais uma etapa superada...